O Tondela-Desp. Chaves superou, muito provavelmente, qualquer carga dramática que se tenha chegado a viver no sábado na Luz (Benfica-Santa Clara) ou no Estádio do Dragão, onde o FC Porto recebeu o Sporting com a ténue esperança de ainda se sagrar campeão.

Uma semana depois de ter perdido quase toda a defesa em Alvalade diante do Sporting (1-1), a equipa beirã defrontava o Desp. Chaves. Ao Desp. Chaves bastava o empate, mas ao Tondela, que procurava a terceira salvação in extremis em quatro participações no principal escalão, só servia a vitória.

O conjunto de Pepa salvou-se com uma mão cheia de golos e a vitória mais robusta da época na Liga: 5-2.

No meio dos heróis sobressaiu Jhon Murillo, que bisou na partida. Até esta jornada, o extremo internacional venezuelano, que chegou ao futebol português pela porta do Benfica em 2015 (nunca se estreou), somava apenas dois golos em toda a época e um no campeonato.

«Isto é de alguns jogadores, não de todos», disparou Tomané no final do encontro. Declarações fortes e corroboradas pelo guarda-redes Cláudio Ramos, que admitiu que nem todos os jogadores estavam comprometidos com a equipa. Pelo grande jogo realizado, Murillo mostrou de que lado esteve.