Vários jogadores brasileiros do V. Guimarães chegaram esta segunda-feira a Portugal. Fazem-no de sorriso nos lábios, depois do terceiro lugar da última época. O futuro chama-se Liga dos Campeões e só isso já faz o regresso ao trabalho valer a pena. O guarda-redes Nilson foi um deles. À chegada falou da nova temporada, da Champions e da euforia dos adeptos. Mas não deixou de lamentar a perda de um grande central.
Fala-se, claro, de Geromel. «Ele vai seguir a vida dele, mas fica um grande amigo», disse. «Dividimos o quarto quase sempre ao longo de três anos, tinha uma certa afinidade com ele e fico muito feliz pelo sucesso que está a ter na carreira. Merecia ter uma transferência e melhorar a vida financeira. Espero que continue a jogar bem, ou até melhor, que seja muito feliz no Colónia e que traga muita alegria aos adeptos».
Depois disso, Nilson não deixou de surpreender. «Tenho a certeza que mais dia, menos dia, ele pode representar a selecção brasileira». O V. Guimarães tem agora de ultrapassar a perda do jovem brasileiro. «Na vida ninguém é insubstituível. O Gregory, o Márcio Margins, o Danilo e o Sereno são grandes jogadores, vão dar conta do recado e vão colmatar bem a partida do Geromel. Todos eles dão garantias ao guarda-redes».
«Independentemente da decisão do Apito Final, importante é representar bem o clube e a cidade »
Nilson falou também da indefinição em torno da entrada directa do V. Guimarães na Liga dos Campeões. Que está dependente da penalização do F.C. Porto. «Segui de longe esse processo, é uma briga que diz respeito à direcção», referiu. «Os jogadores têm que se preparar da mesma forma, para a Liga dos Campeões ou para a pré-eliminatória. Temos é que estar bem preparados para representar o clube, a cidade e o país».
Para isso é preciso um bom plantel. O que se torna mais difícil após a saída de atletas importantes. «Acho que é possível fazer uma boa equipa na mesma. O treinador é muito experiente, conhece muito bem o campeonato português e de certeza que vai escolher as peças exactas para o lugar dos jogadores que saíram. Gostávamos que todos ficassem, mas desejamos-lhes sorte e começamos a contar com os que chegam».
Pelo meio o guarda-redes aproveitou para refrear os ânimos dos adeptos. «Jogar no V. Guimarães é sempre uma grande responsabilidade, pela sua história e pela sua massa associativa. Mas pelo que foi feito na época passada, penso que a exigência pode ser maior. Temos que colocar os travões na euforia, para confiarem em nós e acreditarem que vamos corresponder às expectativas. Não podemos pensar alto de mais».