Paulo Fonseca faz contas a resultados positivos nos próximos dois jogos para garantir desde já um lugar europeu para o P. Ferreira. E também à meta de 50 pontos na Liga, que seria histórica para o clube. O treinador foca-se para já no jogo de sexta-feira com o Gil Vicente, da 24ª jornada da Lusa, sem falar no terceiro lugar, que dá acesso à luta pela Liga dos Campeões, e que é por agora do Sp. Braga.
«Todos os jogos vão ser importantes até ao fim. Obviamente, se conseguirmos resultados positivos nestes dois próximos jogos [Gil Vicente e Marítimo], penso que dificilmente um lugar europeu nos fugirá, mas, mais do que pensar nisso, é preciso ter a noção de que vamos ter um jogo difícil com o Gil Vicente», disse o treinador na antevisão do jogo.
Paulo Fonseca alerta para as dificulades, dizendo saber «como são os finais dos campeonatos» e lembrand que «o Gil foi das equipas que em casa mais dificuldades criou ao Paços de Ferreira»: «Estou à espera de uma equipa calculista e à procura do tempo certo para sair no contra-ataque. O seu treinador tem transmitido que é preciso a equipa sofrer menos golos e acredito que tenhamos aqui uma equipa que vá ser equilibrada e solidária e a sair rápida no contra-ataque.»
Também se solidarizou com Paulo Alves, o treinador do Gil Vicente, em apuros na luta pela manutenção. «O Paulo teve um processo muito difícil, com a perda de muitos jogadores importantes na época passada», notou, considerando que o Gil Vicente «tem valor para estar mais em cima na tabela».
Quanto à meta dos 50 pontos, assume-a como objetivo: «Queremos, obviamente, melhorar aquilo que foi a nossa pontuação na primeira volta. Temos, nesta altura, mais seis pontos do que tínhamos e, se o conseguirmos, ultrapassaremos os 50 pontos, o que será notável para um clube como o Paços de Ferreira. Penso que não há memória, nos últimos 10 ou 15 anos, de uma equipa da dimensão do Paços intrometer-se na luta pelos primeiros lugares.»
Por fim, admitiu alguma preocupação com o estado do relvado da Mata Real: «Mentiria se dissesse que não estava preocupado. Em função da nossa forma de jogar, o tempo assim não nos favorece, mas estamos preparados para ultrapassar essas dificuldades. Temos poupado o relvado, mas, por agora, parece-me estar em condições.»