O Maisfutebol tem-lhe apresentado durante esta semana a história das piores selecções do mundo. Até agora conheceu Anguilla, a Samoa Americana, Monserrat e San Marino. Pois bem, para finalizar temos algo completamente diferente: a Papua Nova Guiné. Um país que está longe de ser um território pequeno.

Não é pequeno e não é paradisíaco. Na área da Papua cabe cinco vezes todo o território de Portugal. Trata-se de um imenso território virgem, ocupado na sua maior parte por florestas tropicais que o homem ocidental ainda não explorou metro por metro. Calcula-se que abrigue várias espécies de animais e plantas por descobrir.

850 línguas e muitas dificuldades de comunicação

A Papua Nova Guiné tem três línguas oficias, que partilham o ensino nas escolas, os debates no parlamento e as comunicações oficias. Depois tem outras 850 línguas, faladas por mais de mil sociedades indígenas. Curiosamente nenhuma delas é a língua do futebol, a tal que se diz ser universal. Mas isso fica para depois.

Agora interessa dizer que com tantas línguas, ninguém se entende. Na Papua as dificuldades de comunicação traduzem-se em guerrilhas. Guerrilhas entre tribos, numa herança antiga que a Constituição preserva no artigo 5º: «As comunidades tradicionais devem permanecer unidades viáveis da sociedade da Papua.»

Este respeito pelos indígenas transforma a Papua num caso raro de diversidade cultural. Vivem no país sete milhões de habitantes, mais de 70 por cento em aldeias e à custa da agricultura de subsistência. Um terço da população vive com um dólar por dia. São pobres, mas são felizes: nunca souberam viver de outra forma.

DADOS OFICIAS DO PAÍS:

Número de habitantes: 6, 732 milhões

Área total: 462 mil km2

Línguas oficiais: English, Tok Pisin, Hiri Motu

Capital: Port Moresby

Moeda: Kina

Temperatura média atmosférica: 25 °C

Economia: Agricultura de subsistência

Rendimento per capita: dois mil euros por ano

Desportos principais: rugby e futebol australiano

COMO CHEGAR A PAPUA NOVA GUINÉ:

Viajar para a Papua Nova Guiné está longe de ser fácil. Mas consegue-se. A forma mais económica é pelos Estados Unidos. A partir de Lisboa ou do Porto segue para Newark. Por exemplo na Continental Airlines. Depois muda de aeroporto e a partir do John F. Kennedy segue num voo da United Airlines para o Sidney, na Austrália. Já na Oceânia, apanha o voo final, na Qantas, para a capital Port Moresby. No fim desta aventura terá gasto 3.567 euros e viajado durante 41 horas. É bom que a Papua valha a pena.

Veja um vídeo da Papua Nova Guiné: