A FIGURA: Diogo Jota

Os 18 tiros certeiros anotados ao serviço do Wolverhampton nesta época já comprovavam que está feito um homem-golo. Tem faro para estar no sítio certo e solto de marcação para concluir com eficácia as ações ofensivas e foi dessa forma que apontou os dois primeiros golos de Portugal. O que mais impressiona é a dimensão física que adquiriu no ano passado em Inglaterra.

 

O MOMENTO: golo de Diogo Jota, minuto 12

Ainda que sem criar grande perigo, a Itália parecia mais cómoda nos minutos iniciais. Com dificuldades no processo de construção, Portugal não conseguia empurrar os visitantes para a defesa, mas o golo inaugural de Jota, apontado a passe de Diogo Gonçalves, mudou o guião que ameaçava escrever-se. A equipa das quinas elevou os índices de confiança e partiu para uma exibição que, ainda que não tenha sido pujante, teve excelentes apontamentos, sobretudo antes das alterações ao intervalo.

 

OUTROS DESTAQUES

Diogo Gonçalves: protagonizou um casamento perfeito com Diogo Jota, que assistiu na perfeição para os dois primeiros golos da equipa de Rui Jorge. Foi sinónimo de perigo quase sempre que a bola lhe chegou aos pés, ganhando duelo atrás de duelo, e fez o terceiro de Portugal nos instantes finais da primeira parte.

Xadas: bem no apoio aos dois homens da frente e a ligar o meio-campo ao ataque. Esteve sempre atento aos erros dos jogadores transalpinos no início do processo de construção. Foi assim que aos 31 minutos quase ajudou a construir o 3-1 português, que viria a forjar nos últimos instantes da primeira parte, quando ganhou uma bola a um defesa italiano e serviu depois Diogo Gonçalves.

Ferro: secou o avançado do Milan Cutrone juntamente com Jorge Fernandes. O excelente sentido posicional permitiu-lhe antecipar algumas jogadas de possível perigo.

João Félix: foi lançado no arranque da segunda parte, quando Portugal vencia por 3-1. Rapidamente transportou para o jogo a capacidade técnica acima da média que lhe é reconhecida. Aos 48 minutos esteve perto do golo, depois de deixar um italiano nas covas ainda na zona do meio-campo. É um diamante em bruto em processo de lapidação.

Verde: o mais inconformado do conjunto de Luigi Di Biagio nos primeiros 45 minutos. Irrequieto, dificultou a vida a Yuri Ribeiro e teve alguns apontamentos interessantes. Foi dele que partiu o cruzamento do golo de Itália apontado por Parigini.

Scuffet: o melhor de Itália. Não cometeu erros e foi graças a ele, com um par de defesas difíceis, que houve jogo até ao fim.