O FC Porto conquistou a Copa Ibérica, ao derrotar o Getafe, na final, por 2-1. Um jogo que começou morno e no qual a gradual subida de intensidade dos dragões ao longo do tempo acabou por ser determinante, com Fábio Silva, 17 anos, a decidir com reviravolta.

Em relação ao jogo com o Betis, no 4x4x2 que Sérgio Conceição tem vindo a testar no Algarve, apenas mantiveram-se no onze inicial Manafá, Pepe, Romário Baró e Sérgio Oliveira. Diogo Costa voltou a ser titular na baliza e, pela frequência com que tem assumido esse estatuto nos jogos da pré-época, pode partir em vantagem sobre Vaná. No ataque, Corona voltou a atuar nas costas do jogador mais adiantado, primeiro Soares - substituído aos 10 minutos por lesão - e depois Zé Luís. O extremo colombiano Luis Díaz também foi utilizado pela primeira vez de início, numa noite que não lhe correu bem na finalização.

O Getafe foi impiedoso nas marcações e não deu espaço ao FC Porto. Os dragões tentavam a sair a jogar de trás, com Danilo ou Sérgio Oliveira, mas não havia progressão e a baliza estava distante.

O primeiro momento de algum perigo só aconteceu aos 19 minutos e para o Getafe, com Cabrera a rematar solto, na sequência de livre. Um aviso do defesa uruguaio que, mais tarde, viria mesmo a marcar, em nova bola parada, aos 39 minutos.

Os destaques do FC Porto-Getafe

O FC Porto despertou com esse susto e assumiu o jogo até ao fim, pressionando muito e com variações de flanco que colocaram os espanhóis em dificuldades, pecando apenas na finalização. Neste particular, Luis Díaz esteve desastrado, falhando três excelentes ocasiões.

A primeira, aos 22 minutos: após passe em profundidade de Sérgio Oliveira, não aproveitou uma saída em falso de Chichizola e, com a baliza à sua mercê, simulou e no momento do remate, com o guarda-redes recuperar e a evitar o golo. Aos 45’, e já depois de o Getafe ter inaugurado o marcador por Cabrera - aproveitou a passividade de Danilo e Marcano para cabecear solto na área - Luis Díaz falhou clamorosamente com a baliza aberta, depois de Zé Luís ter iludido o guarda-redes e ter oferecido de bandeja a bola. No reinício, o colombiano voltou a falhar, rematando para defesa do guarda-redes.

FC Porto-Getafe: a ficha e o filme do jogo

A determinação dos azuis e brancos estava no auge e o golo do empate apareceu naturalmente, por Pepe, que subiu mais alto que Miguel Rubio e deu a melhor sequência a um canto marcado por Sérgio Oliveira (52m).

A impetuosidade dos espanhóis aumentou ainda mais, roçando a quezília. A qualidade do jogo acabou por ressentir-se com os vários momentos de tensão entre os jogadores e as consequentes paragens. Mas sempre com maior iniciativa por parte dos dragões.

A felicidade para o FC Porto acabaria por surgir aos 81 minutos, por Fábio Silva. O avançado de 17 anos, recém-entrado, desviou ao segundo poste um canto de Alex Telles, na recarga a uma cabeçada de Zé Luís que Ruben Yáñez defendeu para a frente. Dois minutos depois, Fábio quase bisou, chegando pouco atrasado a um cruzamento da esquerda.

Pelo que as duas equipas estavam a produzir, via-se que o vencedor estava encontrado, mas os espanhóis quiseram desmentir essa realidade e, na compensação, estiveram próximos de levar o jogo a penáltis, quando Ignasi Miquel cabeceou a milímetros do poste direito da baliza de Diogo Costa.