A UEFA garante um programa de controlo antidopagem «muito mais avançado» no Euro 2016 do que nas competições anteriores.

«Agora temos muito mais informação e coordenamos os testes com as agências nacionais. O nosso programa está muito mais avançado comparado com Euros anteriores. Isto graças ao acordo assinado com as agências nacionais», disse Marc Vouillamoz, responsável pela área médica e antidopagem da UEFA, na apresentação do programa no laboratório francês de antidopagem.

Vouillamoz explicou que «todos os 51 jogos vão ser alvo de controlo e pelo menos dois jogadores de cada equipa vão ter de fornecer urina e sangue». Os testes podem ser feitos «entre os jogos, nos treinos ou no hotel» e «há 20 laboratórios para controlar o doping», informou ainda, acrescentando que «todas as amostras recolhidas durante e antes do Euro vão ser armazenadas para ser testadas no caso de suspeita» ou na eventualidade de virem a ser encontrados métodos mais eficazes de análise.

Adeline Moline, responsável da qualidade do laboratório francês de antidopagem, indicou que «os resultados vão estar disponíveis 24 horas depois para a urina e quatro ou cinco horas depois para o sangue».

Os testes, indica ainda Vouillamoz, começaram em janeiro de 2015 e incluiram todos os jogadores das 24 seleções. «Algumas equipas foram testadas duas ou três vezes comparadas com outras», acrescentou, não revelando quais mas fazendo uma referência concreta à Rússia, que tem estado no centro de investigações e acusações de doping generalizado no desporto: «Estamos a par do que aconteceu na Rússia e a seleção russa está a merecer uma atenção especial.»

Vouillamoz revelou de resto que, este ano, dois jogadores foram controlados positivos, «um do Dínamo Zagreb e um jogador francês [Mamadou Sakho]», cuja suspensão provisória de 30 dias terminou a 29 de maio.

O programa de controlo antidopagem para o Euro2016 vai custar um milhão de euros, anunciou ainda o responsável.