Ronaldo, o «fenómeno», vai ser obrigado a fazer um teste de ADN em mais um processo de investigação de paternidade. Trata-se apenas de mais um caso entre muitos que proliferam no Brasil, como são exemplos Edmundo ou Pelé, ou mesmo a nível mundial, com são os casos de Diego Maradona ou Michael Jordan, só para citar os mais mediáticos.
Este novo processo surgiu pela mão de Michele, uma brasileira de 27 anos, que o avançado terá conhecido em Tóquio, no decorrer do Mundial-2002. Michele diz ter engravidado, em 2004, na sequência de uma rápida relação com o jogador e entrou com uma acção na justiça para provar que o seu filho, de 4 anos, também é filho de Ronaldo. O jogador recebeu uma citação judicial do tribunal de São Paulo na passada quinta-feira que o intimida a realizar um teste de paternidade. A avó da suposta criança, mãe de Michele, garante, em declarações à revista «Quem», que a criança «é uma fotocópia de Ronaldo».
Uma notícia que chega dias depois da namorada do «Fenómeno», Bia Anthony, ter anunciado que está à espera do segundo filho do jogador, depois de já ter tido uma rapariga, chamada Maria Sophia. Ronaldo já tinha um outro filho, chamado Ronald, da sua anterior relação com Milene Rodrigues. Nos próximos dias ficará, assim, a saber-se se Ronaldo vai ser pai pela quarta ou quinta vez.
Apenas mais um caso entre muitos que foram recordados agora pelo site da «Globo» e que têm surgido com frequência no Brasil desde que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva mudou a Lei nº 8.560 que regula a investigação de paternidade de filhos fora do casamento. Uma mudança na legislação que reconhece a presunção de paternidade quando o suposto pai se recusa a submeter a testes ADN.
Um dos mais famosos casos no Brasil envolveu Pelé, em 1991. Sandra Machado entrou com um processo judicial para ser reconhecida como filha do antigo craque, fruto de uma relação com a empregada doméstica Anízia Machado. No ano seguinte, os testes de ADN confirmaram que Sandra era de facto filha de Pelé. No entanto, depois de muitos recursos da defesa, Sandra não conseguiu mais do que o direito de utilizar o apelido do antigo jogador em 1996. Sandra acabou por falecer, em 2006, vítima de cancro na mama. Uma história que acabou resumida num livro - «A filha que o rei não quis» ¿ da autoria de Walter Brunelli. A verdade é que Pelé nunca se aproximou da filha.
Flávia Kurtz, de 36 anos, foi apresentada publicamente em 2002 como filha de Pelé, sem ter de recorrer à justiça. Neste caso, o antigo jogador assumiu um antigo relacionamento com a mãe de Flávia de 1969. Além de Flávia e Sandra, Pelé é ainda pai de Kelly Cristina, Edinho, Jennifer e dos gémeos Celeste e Joshua.
Garrincha também não chegou a conhecer o filho sueco, Ulf Lindberg, resultado de uma aventura com uma camareira durante uma excursão do Botafogo ao norte da Suécia em 1959. A paternidade do jogador ficou confirmada, por um teste ADN, em 1998. Neste caso, Ulf não recorreu à justiça e, em 2005, até foi ao Brasil para conhecer os seus familiares. Garrincha, que morreu em 1983, teve um total de quinze filhos, incluindo um adoptado, de seis mulheres.
Mas há mais casos. Mais recentemente, Edmundo também foi obrigado a fazer um teste ADN num caso que se arrastou ao longo de dois anos na justiça. Falcão, antigo jogador da Roma, também teve de enfrentar um processo da justiça italiana, acabando por ser condenado a pagar uma pensão a uma antiga namorada.
Mas também há casos de pais que conseguiram provar que não eram os pais biológicos de crianças como alegavam as mães. São casos de Maradona, Ayrton Senna e Michael Jordan.