Nome: Sandor Kocsis

Data de nascimento: 30 de Setembro de 1929; falecido em 1977

Nacionalidade: Húngara

Posição: Avançado

Período de atividade: 1948 a 1966

Clubes representados: Ferencvaros, Honved, Young Fellows e Barcelona.

Principais títulos conquistados: Campeão Olímpico em 1952; Vice-campeão do Mundo em 1954; 1 Taça das Cidades com Feira (60); dois Campeonatos e duas Taças de Espanha.



O húngaro Kocsis foi um dos futebolistas mais brilhantes da historia do Futbol Club Barcelona. Não apenas um dos melhores avançados do clube, Kocsis foi também uma figura central do futebol ofensivo mundial na década de 50. Um dos elementos mais preponderantes da maravilhosa seleção húngara, campeã olímpica em 1952 e vice-campeã no Mundial de 54, Kocsis chegou ao Barça juntamente com o seu compatriota Zoltan Czibor, na ressaca da intervenção militar soviética de 1956, que motivou o exílio forçado de uma das mais sensacionais gerações de jogadores de todos os tempos.



Conhecido como o «cabeça de ouro», pelos seus espetaculares e eficientes cabeceamentos, Kocsis era um goleador muito completo a todos os níveis. O seu disparo com qualquer das pernas era extraordinário, mas Kocsis possuía também uma grande habilidade para driblar os defesas, tornando-se um perigo constante para os adversários. Para além de possuir um instinto goleador omnipresente, destacava-se pela sua grande inteligência e visão de jogo. Aliás, foi um reconhecido cavalheiro do futebol no seu tempo, merecendo a admiração e respeito de todo o mundo também pela atitude nobre dentro do campo.



Sandor Kocsis nasceu em Budapeste (Hungria), em 1929. Anos depois do primeiro contacto com uma bola de futebol, consolidou o seu nome no meio futebolístico do país natal, vestindo as camisolas do Ferencvaros e do Honved de Budapeste. Aí demostrou categoria e capacidade goleadora, convertendo-se num dos indiscutíveis da Seleção magiar e com esse prestígio começou a despertar o interesse dos maiores clubes europeus. A boa prestação na Seleção também lhe ofereceu grande visibilidade. Depois de se estrear aos 19 anos, substituindo Lazlo Kubala (outro nome lendário na história do Barcelona), chegou a ser o melhor marcador nas Olimpíadas de Helsínquia, em 1952.

A etapa gloriosa na Hungria chegou ao fim em 1956. Nos primeiros passos do exílio assinou contrato com o Young Fellows de Zurique (Suíça), palco demasiado modesto para lhe permitir alcançar o brilho esperado. Apesar dos seus 29 anos, o Barcelona decidiu contratá-lo para a temporada de 1957/58, com a intenção de recuperar o grande jogador que já tinha provado ser. As expectativas cumpriram-se e, ao lado dos compatriotas Kubala e Czibor, formou uma frente atacante histórica, só ofuscada pelo domínio do Real Madrid no futebol espanhol e europeu de então.

Pelo clube catalão disputou 194 jogos até época de 65/66, marcando um total de 140 golos e alcançado um palmares deslumbrante: dois Campeonatos de Espanha, duas Taças de Espanha e uma Taça das Cidades com Feira.



Apesar de conseguir render extraordinariamente durante os cinco primeiros anos, período em que conquistou definitivamente o carinho dos adeptos blaugranas, Kocsis sofreu uma grande decepção em 1961. Embora tenha marcado um golo, o Barcelona perdeu em Berna a sua primeira final da Taça dos Campeões Europeus para o Benfica (3-2, num jogo recheado de peripécias). Sete anos antes, em 1954, ao serviço da selecção húngara tinha perdido, na mesma cidade, uma final do Campeonato Mundial de futebol contra a Alemanha, pelo mesmo resultado e num jogo com quase tantas excepções à lógica.

Kocsis foi uma das estrelas húngaras nesse Mundial, encabeçando a lista de melhores marcadores, com 11 golos. Realizou apenas cinco jogos, tendo estabelecido a melhor média de golos por jogo (2,2) na história dos Mundiais. Terminou a sua vida de forma trágica, suicidando-se em 1977, quando soube que tinha um cancro.