Dunga foi apresentado como o sucessor de Luiz Felipe Scolari na seleção brasileira. O novo técnico regressa a um cargo que ocupou entre 2006 e 2010 e deixou algumas ideias para o futuro. Entre elas, comentou que «roubar a bola também é arte».

O treinador disse que voltar à seleção é «uma felicidade imensa» e agradece a confiança dada pela Confederação Brasileira de Futebol [CBF].

Dunga não considera que depois do Mundial 2014 o cenário é de «terra arrasada», pois «existem coisas a aproveitar» embora admita uma modificações.

«Eu tenho de aprimorar o meu relacionamento com a imprensa», disse ainda Dunga.

O técnico entrou depois em questões mais futebolísticas. Numa altura em que se discute o estilo da seleção brasileira, Dunga atirou: «Nós gostamos de falar de talento e improvisação, mas também elogiamos muito a organização da Alemanha. Assim, precisamos colocar o nosso talento dentro desta estratégia.»

No Brasil, espera-se que a seleção volte a um futebol mais vistoso, com mais habilidade e técnica. Dunga comentou: «Um guarda-redes fazer uma defesa também é arte, o defesa roubar uma bola também é arte. Não se pode achar que vamos encontrar um Pelé a toda hora. Não se pode querer criar um ídolo a cada dia. O Brasil sempre teve jogadores de grande talento.»

O técnico sublinhou ainda que o futebol mudou muito e que isso fez equivaler forças. «Antigamente, só os jogadores brasileiros iam para a Europa, ou argentinos. Hoje, há um intercâmbio maior, e vê-se os jogadores colombianos, por exemplo, a irem.»

Dunga é da opinião de que os adeptos estão «magoados, mas continuam com o carinho pela seleção». O técnico acredita que vai «recuperar a confiança com resultados» e afirmou: «Eu não vou vender um sonho, e sim uma realidade. E nós vamos conquistar com trabalho duro a cada dia.»