Fernando Santos mantém o mesmo discurso em vésperas do arranque da fase de apuramento para o Mundial 2018, é permitido sonhar mas sempre com os pés no chão.

Em entrevista à TVI, nesta quarta-feira, o selecionador nacional recordou o percurso no Euro 2016 e admitiu que Portugal tem de lutar por uma qualificação tranquila rumo ao Mundial da Rússia.

«Podemos sempre sonhar, mas não partimos com um sonho, mas com um objetivo. Sonhar não traz problemas, mas só sonhar não chega. A partir do sonho, temos de procurar concretizá-lo», começou por referir o técnico, sublinhando a importância da coesão do grupo.

«Temos de continuar com o “nós”, porque isto foi um triunfo do “nós”, de todos. Foi essencialmente o triunfo de Portugal, e temos de manter isso, foi isso que lhes disse na palestra. O nosso discurso vai manter-se igual. Vamos assumir a responsabilidade de que temos de ganhar.»

Olhando para o futuro, Fernando Santos garante não pensar muito na questão da renovação da equipa, dizendo que é um processo natural.

«Nunca pensei na questão da renovação. A média de idades hoje é 26, mas nunca houve uma coisa programada, foi acontecendo naturalmente. É um processo que irá continuar», referiu.

Portugal defronta esta quinta-feira a seleção de Gibraltar, em encontro de preparação para essa fase de apuramento. Os trabalhos da seleção têm decorrido sob alguma intranquilidade, motivada pelo fecho do mercado de transferências.

O técnico admitiu que isso tem influência nos jogadores, mas desvalorizou o assunto.

«Não direi ansiosos, só se for individualmente. Mas no que é importante para mim, o bem-estar do grupo e o que fazem no treino, não vejo ansiedade. O grupo continua coeso, mas é normal que haja alguma ansiedade nalguns jogadores, é a sua vida profissional. O que importa é que não transportem isso para as coisas importantes», afirmou.