Herói da meia-final do Europeu de sub-19, Tiago Sá já está focado na partida com a Alemanha, que vai consagrar o próximo campeão da Europa da categoria.

Ainda assim, o guarda-redes recordou a partida desta segunda-feira, na Hungria.

«Penso em tudo o que aconteceu: a minha entrada a frio para substituir o André [Moreira], os incentivos do treinador Pedro Roma, o nervosismo inicial, que demorou uns cinco minutos a passar», disse ao site da Federação.

«O mister Roma voltou a falar comigo antes dos penáltis para dizer como é que os sérvios os batiam. E frisou a confiança nas minhas capacidades, apesar de eu não ter sido opção nos jogos anteriores do Europeu. Depois lembro-me da velocidade a que vinha a bola e da defesa que fiz. Foi instintiva», lembrou.

Agora, Portugal vai defrontar a Alemanha. «Não há tempo para ficar nas nuvens. Já descemos todos à terra porque vem aí o maior desafio de todos», declarou Tiago Sá.

«Só pensamos em tirar as medidas à Alemanha, queremos muito ganhar este Europeu e fazer história, esse é o nosso sonho", acrescentou o guarda-redes do Sp. Braga.

À FPF, Tiago Sá desvendou um pouco o lado pessoal. «Queria ser operário da construção civil e o meu sonho era montar um teto falso com pladur», confessou, a rir, para esclarecer que o pai trabalhava nesse setor.

Depois, aos nove anos, tudo mudou: «Comecei como avançado, queria marcar golos como o Ronaldo brasileiro.» Até que, num dia, não havia ninguém para ir para debaixo dos postes.

«Vi que era o jogador com mais jeito para defender. Dias depois, apareci lá com umas luvas para ser guarda-redes. Como as coisas mudam na vida. Perdeu-se um péssimo avançado. Se continuasse nessa posição, certamente não estaria aqui em Budapeste», afirmou.