O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou esta quarta-feira que o Comité Olímpico Internacional (COI) aceitou o seu pedido de adiar os Jogos Olímpicos Tóquio2020, devido ao surto da Covid-19.

Abe tornou público o seu pedido em declarações aos jornalistas, após ter tido uma conversa por videoconferência com o presidente do COI, Thomas Bach, e garantiu que o suíço concordou a «100%» com a sua proposta.

Entretanto, foi emitido um comunicado conjunto do Comité Olímpico Internacional e da organização de Tóquio 2020 que dá conta do adiamento para «salvaguardar a saúde dos atletas, de todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e a comunidade internacional».

A nova data não foi avançada, mas a nota frisa que os Jogos não poderão realizar-se após o verão de 2021.

«A chama olímpica vai continuar no Japão» e vai «manter-se o nome de Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020».

O adiamento está a ser encarado como um verdadeiro desafio pelo presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach. «Adiar os Jogos Olímpicos não é como adiar uma partida de futebol para o próximo sábado», destacou o dirigente em relação a um evento que é um verdadeiro puzzle para os organizadores.

É a primeira vez na história que os Jogos Olímpicos são adiados, depois de três cancelamentos provocados pelas duas Grandes Guerras Mundiais, em 1916, 1940 e 1944.

Os Jogos Olímpicos foram iniciados em 1896, em Atenas, e realizaram-se de quatro em quatro anos e, desde então, as exceções ocorreram em Berlim (1916), Tóquio (1940), quando ainda chegaram a ser transferidos para Helsínquia, antes de serem cancelados, e em Londres (1944).