Capitão do Sp. Braga, Fransérgio fez um balanço da última temporada, em que os bracarenses conquistaram a Taça de Portugal.

Numa longa entrevista à ESPN Brasil, o médio de 30 anos explicou porque é que a época não foi perfeita.

«Melhor época de sempre? Podia ter sido a melhor, se eu fizesse mais um golo seria a melhor de sempre. E porque chegámos à final da Taça da Liga e acabámos por perder frente ao Sporting. Tirando esses percalços, podemos dizer que a época foi boa. Mas estamos a planear a próxima época para ser excelente. Com títulos e com o apuramento para a Liga dos Campeões», afirmou.

«O Sp. Braga está entre os quatro melhores clube de Portugal. Mostrámos que tínhamos capacidade para lutar pelo topo, mas tivemos algumas imprevistas e acabámos em quarto lugar. Vamos à Liga Europa, já é tradição. E fomos premiados com a Taça de Portugal», continuou.

Depois, Fransérgio deixou elogios ao técnico Carlos Carvalhal: «Como se diz no Brasil, é um paizão, é uma pessoa sensacional. É da cidade, conhece o clube. Então nada melhor do que no centenário do clube um treinador da cidade, que jogou no clube, ganhar a Taça de Portugal. É fantástico para ele, para a cidade e para nós, que comprámos a ideia dele. Só tenho de dar os parabéns à equipa técnica dele e aos jogadores.»

«No Rio Ave fez um belo trabalho, portanto não me surpreendia se ele aparecesse num grande, e acabou no Sp. Braga. Na primeira conversa que tivemos perguntei-lhe porque é que ele não foi para o Flamengo. Ele explicou que tinha optado por ficar em Portugal porque era da cidade e por causa da família. E acho que substituir o Jorge Jesus no Flamengo era um peso muito grande. Cada um tem o estilo, então acho que também por isso ele optou por ficar no Sp. Braga.»

Fransérgio também reserva elogios para Abel e Ruben Amorim, treinadores com quem trabalhou em Braga.

«O Abel, para mim, não é treinador, é estudioso da bola. Porquê? Eu às vezes mastigo a comida e dou na boca do meu filho. O Abel fazia isso. Estudava as equipas adversárias e dizia-nos tudo o que tínhamos de fazer. E não saía dessa linha. Ele vive o futebol 24 horas, entrega-se muito. Foi ele que me levou para o Sp. Braga, tenho gratidão eterna, fico feliz com os trabalhos que tem feito. Só não gosto muito quando dizem que ele tem de ir embora do Palmeiras. A cultura brasileira é assim. O Abel perdeu dois títulos e já diziam que não prestava. E a Libertadores? As pessoas esquecem-se rápido», disse.

«Potencial de Amorim: Amorim vai ser um dos melhores treinadores no futuro. Com o Ruben corríamos oito, dez quilómetros por treino. Cada treino é um jogo. O Sporting esta época jogava de semana a semana, normalmente, então era como se tivessem cinco jogos por semana. Por isso é que correu bem. Não é fácil ganhar 19 anos depois», referiu.

A fechar, Fransérgio confessou que ainda quer regressar ao Marítimo antes de deixar o futebol português: «Gostaria de fazer o maior número de possíveis no Sp. Braga, mas depois gostaria de terminar no Marítimo, o clube que me abriu as portas em Portugal. Sou adepto do Marítimo. E depois ainda gostava de jogar no Brasil.»