No final do encontro, o vice-presidente do Sp. Espinho, José Vieira, compareceu na sala de imprensa para deixar um alerta ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, sobre as dificuldades que os clubes não profissionais atravessam:
«Queria aproveitar esta ocasião, como vice-presidente do clube, para fazer um alerta e não uma crítica ao senhor presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Como o Sp. Espinho sei que há dezenas e dezenas de equipas amadoras, mas centrando-me no Sp. Espinho, uma equipa totalmente amadora, que não paga ordenados, apenas ajudas de custo, é muito complicado em termos financeiros fazer um jogo para a Taça e termos que vir à Madeira ou a um local longe, essencialmente quando há uma discrepância tão grande entre os lubes.
Lançava daqui o repto para que pudessem pensar quando fazem o sorteio, e quando põe escalões amadores a jogar com equipas dos escalões profissionais, que, no mínimo, o jogo fosse realizado em casa da equipa amadora, neste caso do Espinho. Por outro lado queria também pedir ao senhor presidente que pensasse seriamente que nós pagamos apenas ajudas de custo e em cada jogo que realizamos no nosso terreno temos que pagar 800 euros.
Ora dois jogos em casa são 1600 euros e eu pago a quatro ou cinco jogadores da equipa com esse valor. É um alerta porque, se não houver uma ajuda forte por parte da Federação Portuguesa de Futebol, o Espinho, como outros clubes, tendem a cada vez estar pior e até a desaparecer do panorama desportivo nacional, o que é uma pena porque podemos ser o viveiro para os clubes que militam nas divisões superiores.»