Houve Taça no Estádio Municipal José Martins Vieira, em Almada. O Cova da Piedade recebeu e venceu o Portimonense e avança para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. O emblema algarvio, depois de vencer o Sporting, desceu ao inferno e diz adeus à Prova Rainha de forma prematura.

Um triunfo construído essencialmente em cima de uma primeira parte de luxo, na qual o resultado até podia ser mais avolumado. O conjunto do Algarve reagiu na segunda parte, foi atrás do prejuízo, mas o máximo que conseguiu foi reduzir para 2-1.

Depois do triunfo categórico sobre o Sporting, esperava-se sequência por parte do Portimonense, mas o início de jogo mostrou uma equipa desligada e sem andamento para o adversário. O Cova da Piedade, num escalão inferior, mostrou-se preparado para um adversário de maior poderio e dominou por completo o primeiro tempo.

Com Miguel Rosa, Firmino e Rodrigo Firmino – os três homens do ataque na equipa da casa – em grande destaque a fazer a cabeça em água à defensiva algarvia, cedo começou a pairar a sensação de golo na baliza de Ricardo Ferreira.

E ele aconteceu, ainda antes dos primeiros dez minutos. Aos 9’, e já depois de uma grande oportunidade desperdiçada por Rodrigo Martins, Hugo Martins aproveitou a passividade do emblema algarvio e bateu Ricardo com um remate cruzado.

O conjunto de Almada não abrandou o ritmo e chegou ao 2-0 ainda no primeiro tempo, já depois de ter ameaçado várias vezes a baliza contrária. Aos 33m, Rodrigo Martins cruzou, Ricardo Ferreira falhou a interceção, a bola bateu caprichosamente nas costas de Miguel Rosa e foi beijar lentamente as redes, fazendo assim o 2-0.

Do lado do Portimonense, destaque apenas para um desvio de calcanhar de Jackson Martínez que obrigou Moreira a uma intervenção mais atenta.

Folha, certamente insatisfeito, lançou João Carlos e nem foi preciso esperar muito para a reação do Portimonense. Insistência na área de Moreira, João Carlos descobriu se bicicleta Dener ao segundo poste e o médio cabeceou para o fundo das redes, acendendo a luz da esperança para a formação de Portimão.

Um golo que se esperava que catapultasse o clube da I Liga para uma exibição mais colorida na última meia-hora, mas o homens de António Folha nunca mostraram ter o discernimento necessário para conseguir virar o resultado, com exceção de um lance de Jackson Martínez que causou um calafrio às gentes de Almada.

O Cova da Piedade, impulsionado pelo apoio dos seus adeptos, fechou a porta, lutou até à exaustão e não se permitiu a grandes sustos. Foi premiado por isso, sim, mas principalmente por uma primeira parte de luxo, onde desenhou um triunfo claro e inequívoco sobre uma equipa de um escalão superior.