Não terá sido apenas, como Quinito diz com muita piada, um «jogo entretido». Mas para o Paços de Ferreira, uma das melhores equipas portuguesas da atualidade (pelo que joga e pela consistência que demonstra), foi assim uma espécie de treino animado na Mata Real.
 
Deu para quase tudo: Bruno Moreira, o melhor marcador português da Liga, fez dois; Cícero marcou três; até Minhoca, talvez o melhor em campo, bisou e fez assistência para o golo de Diogo Jota, que assinou o sétimo. Hélder Lopes, num belo livre, ainda chegou ao oitavo.
 
Tudo muito fácil, tudo demasiado simples. E tudo num ritmo lento, sem ter que acelerar muito. Não era preciso.
 
Paulo Fonseca cumpriu o que prometeu: respeitou o adversário, não abusou nas alterações, pôs o onze quase ideal (Defendi está a recuperar de lesão, jogou António Filipe; Sérgio Oliveira está castigado e lesionado, deu vaga a Vasco Rocha).
 
No resto, foi a melhor equipa do Paços, no 4x4x2 que Fonseca instituiu, com rotinas processadas, estilo de jogo claramente identificada.
 
Do lado do Riachense, apenas a dignidade de terem tentado, mas a qualidade do futebol jogado foi mesmo muito fraquinha.
 
Marcar cedo e ir aumentando
 
Começou bem cedo a vantagem pacense. Pedro Moreira fez o 1-0 ao minuto três. A partir daí, foi ver o Paços a aumentar progressivamente a vantagem.

E assim num género de... «muda aos quatro e acaba aos nove», como fazíamos na escola: ao intervalo estava 4-0, no final o marcador mostrava uns gordos 9-0.

Diferença dilatada, demasiadas evidências a mostrarem um mundo de distância na qualidade dos dois conjuntos.

Não foi tão mau como na Luz em 89
 
O Riachense, modesto clube que ocupa o penúltimo lugar da Série F do Campeonato Nacional de seniores, com apenas dois pontos, em sério risco de cair assim para os distritais em 2015/16, sofreu pesada derrota, mas ainda longe dos… 14-1 de que foi vítima no Estádio da Luz, a 11 de janeiro de 1989.
 
Há quase 16 anos, o Benfica infligiu uma das maiores goleadas em jogos oficiais, com… seis golos do nigeriano Ricky, dois de Ademir, dois de Lima, dois de Pacheco e ainda tentos de Miranda e Garrido.
 
Desta vez, a coisa ficou-se pelos nove, mas valha a verdade, o Riachense esteve muito perto de conseguir o golo de honra, quando, já na segunda parte, Jota, isolado, não conseguiu acertar na baliza.