Tozé Marreco chegou finalmente à I Liga. Depois da estreia adiada quando terminava a formação na Académica, de várias épocas no estrangeiro e na II Liga, o goleador vai, agora, poder jogar no principal escalão português, ao serviço do Beira Mar, que o apresentou oficialmente esta quarta-feira.

«Porquê só agora? Não sei responder a isso, não sou eu que escolho os plantéis. Só se concretizou este ano, se calhar já deveria ter sido antes. É assim o futebol. Cá estou agora para mostrar que ainda vou perfeitamente a tempo de fazer umas boas épocas na Liga e de me afirmar aqui definitivamente», referiu, sem ter dúvidas quando a uma coisa:

«Se não tivesse estado no estrangeiro, não tinha aqui chegado. Isso é o que eu tenho mais certo. Foi preciso sair. Nunca fui uma promessa porque nunca fui internacional 50 vezes nos sub-15 ou 16. Se calhar às vezes merecia ter tido essa hipótese, mas nunca tive. Tive de ir à volta, para ser reconhecido e, graças a Deus, tudo está a correr bem.»

O avançado, autor de nove golos até rescindir no início de Dezembro com a Naval, considera a vinda para a Aveiro como «mais um passo», que queria muito dar, para a sua afirmação.



«Foi o projeto mais aliciante que me apresentaram. É um clube que me parece estar a crescer, a criar bases muito interessantes para ser um clube reconhecido como formador. Aposta nos jovens e defende o jogador português. Isso é muito importante. Há muitos de qualidade em Portugal e o Beira Mar está a dar-lhes oportunidade», concluiu, convicto.

Dani Abalo quer jogar mais para voltar ao Celta

Dani Abalo, empestado pelo Celta até final da época, foi apresentado em simultâneo como ponta-de-lança português. Visto com um dos valores mais promissores do emblema galego, o extremo espanhol quer reconquistar o seu espaço entretanto perdido.

«O treinador não confiou em mim, fiquei porque queria jogar, tinha muita lusão de atuar pela minha equipa, mas não foi possível. Surgiu esta oportunidade de jogar na Liga portuguesa e não hesitei», referiu, fazendo um pequeno resumo do seu percurso:

«Sempre que sai um jogador da cantera, é rotulado de promessa. Nos três/quatro primeiros anos joguei muito, mas esta época não estava a ser assim. Agora quero mostrar o melhor de mim e poder voltar a jogar na minha equipa ou então ir para outro lugar.»

Definindo-se como um jogador «rápido e habilidoso», que gosta do futebol português por ser «ofensivo e atrativo», Abalo reconheceu que a presença de Javier Balboa no plantel o ajudou a decidir-se: «Já o conhecia e sei que me pode ajudar. Espero que volte depressa [está lesionado] e que possamos fazer coisas interessantes juntos.»