Apesar dos pedidos de insolvências, das dívidas e penhoras, a SAD da U. Leiria ainda alimenta a esperança de conseguir inscrever a equipa na II Liga para poder competir na próxima época. Para isso, terá de entregar todo o processo até à próxima segunda-feira e, claro, cumprir várias obrigações financeiras, do Fisco à Segurança Social, passando pela liquidação dos salários em atraso.

O último ponto será o mais fácil, uma vez que apenas quatro jogadores estão sob contrato (Gottardi, Alhafith, Keita e Ogu) enquanto os restantes, por serem juniores, serão pagos pelo clube. O problema para João Bartolomeu, que se viu «forçado» a manter-se em funções, é conseguir a liquidez suficiente para saldar tantas dívidas num espaço de tempo tão curto...

A tarefa será titânica, numa altura em que a Sociedade não tem praticamente património que não esteja penhorado, desde um autocarro, uma carrinha, mesas ou armários. Só não foi possível arrestar mais bens, porque foram retirados quer do estádio da Marinha Grande quer dos escritórios da SAD. Só os equipamentos escaparam¿

Enquanto isso, os 13 jogadores que rescindiram de uma assentada aguardam pela decisão da CAP, que deverá, como acontece na esmagadora maioria dos casos de rescisão por ordenados em atraso, dar-lhes razão. Quando isso acontecer, ficarão livres para se comprometer com outros clubes.

A U. Leiria, de resto, aproveitou uma situação semelhante no ano passado por esta altura com Manuel Curto, que havia rescindido com a Naval justamente devido a ordenados por pagar. Agora, o jogador vê-se na mesma situação, pela segunda época consecutiva.

Caso não seja possível inscrever a equipa, então é praticamente certa a decisão da extinção da SAD na Assembleia-Geral de 14 de junho.