Ulisses Morais, treinador da Académica, em declarações na sala de imprensa, no final da derrota sofrida no Estádio do Dragão, por 3-1:

«Parte do plano contemplava uma atitude semelhante à que tivemos durante grande parte do jogo. Não era fácil contrariar o F.C. Porto, mas admitimos que era possível. Não só criámos o sonho como o alimentámos. Durante uma hora conseguimos contrariar o Porto, mas a reacção do Porto foi inevitável, como grande equipa que é. Por isso está na condição que está e tem feito o que tem feito nos últimos anos. Poderíamos por em causa algo, porque o plano contemplava um segundo ataque ao jogo. Poderíamos equilibrar esse mesmo plano. Não conseguimos, mas tudo aquilo que foi a atitude e a ideia posta em prática agradou-me muito.»

«O grau de dificuldade deste jogo foi grande. Para o futuro espera-se algo de ordem muito idêntica. Estamos a criar condições para nos sentirmos seguros. Investimos para que o resultado fosse diferente. Queríamos que deixasse de existir o complexo de olhar para o nome do adversário. Mas isso demora o seu tempo. Fico satisfeito pelos meus jogadores porque perderam com uma grande equipa, quase perto da perfeição.»

[Sobre a lesão de Hélder Cabral] «O plano com o Hélder e o Addy era mais forte. Queria que o jogador estivesse seguro e só tenho de confiar nele. Mas senti que havia algumas dúvidas da parte dele que se vieram a confirmar ao intervalo e entendemos ficar por aí. Com o Hélder estávamos mais seguros e equilibrados. Temos perdido unidades, mas caem uns e levantam-se outros.»

[A derrota põe em causa o que tem vindo a fazer na Académica?] «Era o que faltava...Aquilo que a equipa fez demonstra processos que foram evidentes. A equipa não foi encolhida nem apática. Era o que faltava que o que fizemos hoje pudesse pôr em causa o que quer que seja. Não trabalhámos para perder, mas quando é desta maneira, e onde perdemos, não põe, de certeza, nada em causa.»