Ulisses Morais, treinador do Beira Mar, após o jogo em Moreira de Cónegos que a equipa da case venceu por 3-0

[Sobre o penalti falhado] «Não é um factor agradável, mas a primeira parte é muito mais do que isso. Houve uma série de contrariedades que fazem o resumo do jogo. Começámos por controlar o jogo, mas logo nos primeiros segundos de jogo tivemos um elemento com um cartão amarelo numa zona do jogo fundamental, mas soubemos reagir a isso e ficar por cima do jogo».

«No penalti não fomos felizes, mas soubemos reagir e entrar de novo no jogo sem ansiedade nem descontrolo emocional. Aos 47 minutos sofremos um contra-ataque através de um lance ofensivo e o adversário teve duas oportunidades de fazer golo no mesmo lance e não sofrendo na primeira, sofremos na segunda. Fomos para o intervalo com a sensação: "Não é justo, porque é que isto nos acontece"».

«Na segunda parte foi preciso organizar a equipa mentalmente, olhar para o jogo sem receio, sem dúvidas, mas não poderíamos cometer erros individuais de abordagem que permitissem um segundo golo. Houve falhas individuais, o golo aconteceu e qualquer tentativa de recuperação ficou muito fora do alcance».

[Falhas individuais] «Sem tirar mérito ao adversário, esta derrota é da inteira responsabilidade do Beira Mar, não nos podemos queixar de mais ninguém e isso tem-nos acontecido muito durante a época. Tem sido demais, quase digo que não há quem aguente».

«Há momentos que são fatais e fatídicos e nós temos muitos momentos destes. Conseguimos fazer coisas coletivamente boas, mas na verdade há momentos em que os jogadores não parecem os mesmos, nem a equipa a mesma e por isso nos encontramos com 15 pontos na situação em que estamos. Deveríamos ter mais sete ou oito pontos».

«São muitos golos. Não fujo às responsabilidades, porque antes de todos eles, o responsável sou eu. Nunca tive nenhuma equipa que sofresse tantos golos da mesma forma e o processo de trabalho é semelhante. Há ações individuais muito comprometedoras que têm penalizado».