José Mourinho reafirmou este domingo que a sua prioridade passa por treinar equipas de topo em Itália ou Espanha. Falando em conferência de imprensa, por ocasião da festa de despedida de Dmitri Alenitchev, internacional russo que contribuiu para a vitória do F.C. Porto na Liga dos Campeões, em 2004, Mourinho foi claro: «Hoje tenho uma prioridade: gostaria de trabalhar nos campeonatos espanhol e italiano, que são dos mais fortes no mundo. Os três anos que trabalhei na primeira liga inglesa deram-me uma experiência enorme e, agora, gostaria de experimentar algo de novo», acrescentou.
Avram Grant: «Só há um 'special one', mas eu fiz história»
Recordando a conquista de Gelsenkirchen, Mourinho explicou as razões que o levaram a assumir-se como «um treinador especial» quando chegou ao Chelsea, no Verão de 2004: «Há poucos treinadores que se podem gabar de terem tido as sensações que ficaram em mim depois da vitória na Liga dos Campeões. Todo o meu escritório está forrado de fotografias dessa Taça dos Campeões, quase chorei quando tive de a devolver. Por isso sinto-me especial. Gostaria de conquistar uma vez mais essa taça, mas essas sensações já não serão novas», sublinhou.
A propósito da chegada do Chelsea à final da Liga dos Campeões, objectivo que não conseguiu enquanto esteve na equipa inglesa, Mourinho garantiu que irá torcer pelos amigos que deixou no clube londrino, no jogo decisivo com o Manchester United, em Moscovo (21 de Maio): «O Chelsea marcou mais um golo de que o Liverpool e, por isso, vem a Moscovo. Penso que eles merecem a vitória na final. Tenho muitos amigos no Chelsea e, no futebol, torço não por equipas, mas pelos amigos, por isso desejo a vitória do Chelsea», frisou.
Pronunciando-se sobre o homenageado da tarde, Mourinho afirmou que Dmitri Alenitchev será um bom treinador: «Tem todas as qualidades para isso. Tem um carácter forte, pode adaptar-se facilmente a novas condições de vida. Ele tem grande experiência futebolística, jogou no campeonato italiano, trabalhou com um grande treinador como Fabio Capello. E no Porto jogou sob a direcção de um treinador que não é dos piores», ironizou.
