Maisfutebol. O nome ficou ao fim de muitas conversas, à volta de uma mesa e entre umas piadas. Era esse o espírito. Gostávamos de desporto, gostávamos de jornalismo, gostávamos de falar sobre isso e gostávamos de uma boa piada. Tivemos o privilégio de poder fazer disso um jornal.

Na verdade, nas nossas conversas a coisa dava uma bela revista. Fizemos muitas edições virtuais, páginas e páginas de grandes histórias, com imagens fantásticas e ideias mais ou menos impossíveis.

Depois aconteceu isto. Um dia, o Luís Sobral apareceu com a proposta: vamos fazer um jornal online? Vamos. Tínhamos o entusiasmo e os princípios: dar espaço aos verdadeiros protagonistas, não aos tipos de fato e gravata que os escondem, valorizar o futebol pelo que é, apaixonante como o melhor da vida. De resto, nenhum de nós sabia bem ao que ia. Era tudo novo, tudo incerto. Ainda é. O que é parte do gozo, claro.

Fomos barrados à entrada na primeira competição oficial que tentámos cobrir ¿ a Supertaça de 2000. Por sermos um jornal digital, coisa estranha. Fizemos um longo caminho desde aí, nós e a informação na internet.

Estivemos cá para contar 10 anos alucinantes no desporto. Em cima da hora, na primeira fila. Vivemos intensamente cada momento. Angustiámo-nos, cansámo-nos, entusiasmámo-nos. Embirrámos. Uns com os outros, com as fontes, com toda a gente. E divertimo-nos.

Mudámos, saiu e entrou muita gente. Estávamos a contar outro dia, entre uma coisa e outra já fomos uns 30. O Maisfutebol é cada um de nós e somos nós todos. Quem o fez, quem nos deu a oportunidade e quem o faz acontecer todos os dias. Deste lado e desse.

Tentámos nunca perder de vista o essencial. O futebol, o jornalismo. E os leitores. Parece óbvio, mas às vezes não é. Não quer dizer agradar a toda a gente, quer apenas dizer não agradar a ninguém em particular.

Fizemos sites especiais, jornais em papel, uma rádio, livros. Agora também somos um programa de televisão. Um dia destes, à volta de outra mesa, há-de aparecer mais qualquer coisa. Vamos?