Jogavam Benfica e F.C. Porto e o golo que parece que foi mas não contou aqueceu a noite. As ondas de choque passaram pela sala de imprensa, mal terminou o jogo. Luís Filipe Vieira e José Veiga proferiram palavras que
ainda hoje envergonham os benfiquistas de outros tempos e a coisa não ficou por ali.
Olegário Benquerença, o árbitro desse fatídico jogo, nunca mais será o mesmo. Discute-se mais do que nunca a necessidade de acrescentar tecnologia ao futebol e o próprio Benfica fez questão de ir contar a sua versão ao
Ministro do Desporto, Henrique Chaves.
Coisa normal no nosso país, esta de os ministros perderem o seu tempo com assuntos menores. Só que desta vez Henrique Chaves, benfiquista, confessou que o DVD que o seu clube lhe levou só não saiu pela janela por respeito
para com a instituição (pois...).
Luís Filipe Vieira avançou com aquele ar magoado que só ele sabe fazer, nunca mais perdoou aos jornalistas e o ministro demitiu-se. Não por causa do DVD, infelizmente, o problema era mesmo o Primeiro-Ministro, para mal do
país.
Sobre o golo pouco mais se sabe. Nunca tivemos uma imagem que mostrasse a bola lá dentro, mas ficámos a saber que muitos portugueses perderam o seu tempo, nos dias seguintes, a tentar demonstrar as mais delirantes teorias.
Já não somos um país de poetas.