É inadequado dizer que o iate de Abramovich parece uma casa, pelo simples facto de muitas das casas de que nos lembramos serem infinitamente piores que o barco do patrão russo do Chelsea.
Dois anos depois de ter começado a aparecer por Londres, Roman Abramovich continua igualmente misterioso. Sabe-se que é rico, muito rico, percebe-se que gosta de futebol e pronto, quase tudo o resto são coisas dele.
No Verão esteve por Lisboa. Veio à bola, ver jogos do Euro 2004, e aproveitou para fazer compras. Primeiro um treinador, o melhor que havia, depois um defesa direito, mais tarde um central, logo a seguir um médio. Pelo caminho ficou a possibilidade de juntar Deco ao pacote.
No primeiro ano a sério, o Chelsea de Abramovich ficou em segundo lugar na Liga inglesa e caiu nas meias-finais da Liga dos Campeões. Nada mau, mas para quem investe tanto fica a ideia de que nem vencer será suficiente.
Abramovich veio provar que o futebol pode continuar a ser uma coisa de mecenas, de pessoas muito ricas que gostam do jogo. Por muito que ganhe e venda nos próximos anos, o Chelsea dificilmente alguma vez recuperará os milhões que o multimilionário russo investiu no clube de Londres. Sendo assim, a pergunta persiste: que anda ele a fazer no futebol?