O Estádio Rei Balduíno, antigo Heysel, abriu este sábado as suas portas para homenagear as vítimas da tragédia que chocou o mundo faz hoje 25 anos. Foi a 29 de Maio de 1985 que 39 pessoas perderam a vida e mais de 600 ficaram feridas poucos minutos antes do início do embate entre o Liverpool e a Juventus. Este sábado fez-se um minuto de silêncio numa cerimónia que contou com a presença de adeptos dos dois clubes.

Não foi a maior tragédia da história do futebol, mas foi certamente a mais mediática, a primeira com transmissão televisiva, e mudou para sempre a história da modalidade. O Heysel estava praticamente cheio, com mais de 60 mil adeptos, para assistirem à final da Taça dos Campeões que colocava frente-a-frente dois dos melhores clubes da Europa nos anos oitenta. Tudo começou com o arremesso de objectos entre adeptos ingleses e italianos e tudo se precipitou quando um grupo de adeptos dos «Reds» tentou invadir a zona onde estavam os italianos.

Gerou-se o caos com muitos italianos a amontoarem-se junto a uma das vedações em pânico. No final, 39 mortos, alguns esmagados outros por asfixia, e mais de seis centenas de feridos, muitos deles com gravidade. As ambulâncias invadiram o estádio de Bruxelas e ainda salvaram muitas vidas, com muitas das vítimas a serem assistidas em pleno relvado. Na altura, muita gente apontou o dedo à organização da UEFA que, ao contrário de todas as expectativas, não suspendeu o encontro que a Juventus acabou por vencer com um golo solitário de Platini na conversão de uma grande penalidade.

Homenagem às vitimas de Heysel:



As imagens da tragédia que mudou o futebol: