«Como os efectivos policiais eram poucos e não se queria mostrar qualquer tipo de repressão, em determinada altura, o público invadiu tudo até às linhas laterais e de cabeceira. Os jogadores jogaram com o público à sua volta», recordou para o Maisfutebol o presidente da Federação Portuguesa de Futebol na época, Jorge Fagundes. O antigo dirigente contou que «felizmente, não aconteceu nada», mas também que «era um Sporting-Benfica, de grande rivalidade, que acabou com um resultado tangencial e que foi disputado palmo a palmo», destacando, no entanto, que «o público portou-se muito bem», mas que «se tivessem querido invadir o campo, estavam ali milhares de pessoas à volta».
A invasão de campo não aconteceu antes do fim do jogo, mas o mesmo já não se pode dizer quando o árbitro César Correia apitou para o final. Mais uma festa para os leões, novamente em manifestação pacífica, mas de uma envergadura tal que foi preciso que os soldados escoltassem o capitão Vítor Damas em ombros até à tribuna do Estádio Nacional para levantar a Taça ¿ que foi entregue por Adelino da Palma Carlos, Primeiro-Ministro, que aproveitou ainda para que João Rocha e Borges Coutinho, presidentes dos leões e das águias, respectivamente, fizessem as pazes com um abraço em nome da Liberdade depois de um longo período de relações cortadas entre os clubes. Em Junho de 2003, Damas recordou para o Maisfutebol como foi aquele dia a selar a dobradinha 1973/74: «Parecia que me levavam preso. Fiquei com os braços todos doridos. Ao ponto de o Simões (capitão do Benfica) não me acompanhar: a confusão era tão grande que ele teve receio.»
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