FC Porto e Sporting com o pleno e juntos na frente, cinco vitórias em cinco jogos, um cenário que não se via há mais de 25 anos. O resultado na quinta jornada foi igual para «dragões» e «leões», a forma de lá chegar bem diferente. Mais tranquila para o FC Porto, embora os números da vitória sobre o Chaves escondam algumas dificuldades. Ainda assim menos que as que o Sporting enfrentou na Feira e menos ainda do que as do Benfica, que sobreviveu frente ao Portimonense para se manter a dois pontos dos rivais.

A jornada que, para os clubes europeus, estava «entalada» entre o regresso depois da paragem das seleções e o arranque a doer das competições europeias começou em ritmo intenso na sexta-feira, por causa dos compromissos de Liga dos Campeões. Honras de abertura ao Feirense-Sporting, que teve uma meia-hora final louca. O primeiro golo só chegou aos 62m, marcou-o Coates e três minutos depois Bruno Fernandes fez o 2-0. Mas estava longe de estar resolvido. O Feirense reagiu, João Silva reduziu e, quando aos 80m Etebo empatou. Tudo igual de novo, até um penálti batido por Bas Dost, no último suspiro do jogo, garantir a vitória dos «leões» (3-2).

Logo a seguir entrou em campo o Benfica, na Luz e frente ao Portimonense (2-1). Os algarvios surpreenderam a Luz com um golo de Fabrício, os «encarnados» aproveitaram um penálti pouco depois para igualar. Numa exibição medíocre, o Benfica seria salvo primeiro por um golo insólito de André Almeida, uma espécie de cruzamento-chapéu, e depois pela revisão pelo VAR do lance que daria o empate ao Portimonense, já em cima do minuto 90.

O FC Porto entrou em campo no sábado e recorreu a toda a artilharia para vencer o Desp. Chaves. Aboubakar fez o primeiro aos 49 minutos, os transmontanos ainda reagiram, mas depois levou a melhor o poder de fogo do dragão, traduzido em mais um golo do regressado Tiquinho Soares e outro de Marega (3-0).

O sábado teve outro jogo «grande», a visita da surpresa Rio Ave ao sólido Marítimo. Levaram a melhor os insulares, com a eficácia que tem caracterizado a equipa de Daniel Ramos (1-0) e a tirar partido de mais de uma hora em vantagem numérica, face à expulsão de Francisco Geraldes. Um golo de Ibson já nos descontos chegou para garantir a vitória e o quarto lugar a um Marítimo que chega aos 12 pontos com cinco golos marcados em outros tantos jogos. E apenas dois sofridos.

Um balde de água fria para o Rio Ave, mas sobre isso o que dirá o Tondela. Miguel Cardoso bisou para dar dois golos de vantagem à equipa de Pepa, mas o Paços reagiu e chegou mesmo ao empate (2-2).

Para domingo estavam reservadas algumas surpresas. Começou logo no Bonfim, onde o V. Setúbal conseguiu a primeira vitória da época frente a um Sp. Braga que já vai na terceira derrota no campeonato (2-0) e subiu ao sexto lugar, precisamente por troca com a equipa de Abel Ferreira. E acabou no Estoril, onde o Moreirense foi arrancar também a sua primeira vitória da temporada, também a primeira de sempre do clube na Amoreira para a Liga (2-0).

Pelo meio um clássico do futebol português resolvido por um miúdo com nome famoso: Sebastian Rincón, o filho de Freddy, marcou ao Boavista na estreia e levou o V. Guimarães de volta às vitórias na Liga, ao fim de quatro jogos (1-0).

Foi uma ronda de primeiras vezes até ao fim. A fechar a jornada, o Desp. Aves conseguiu finalmente somar três pontos num jogo neste regresso à Liga, numa vitória sobre o Belenenses que, além de assinalar o regresso de Quim ao principal escalão, aos 41 anos, teve como protagonistas Salvador Agra e Ryan Gauld, dois jogadores cedidos pelos «grandes», respetivamente Benfica e Sporting, ao clube avense (2-1).