Os adeptos do Corinthians contornaram as rigorosas medidas de segurança impostas pela Polícia Militar de São Paulo e conseguiram provocar os rivais do Santos durante o clássico relativo às meias-finais da Taça Libertadores que decorreu esta madrugada na Vila Belmiro. As autoridades tinham proibido, por motivos de segurança, que as claques exibissem as habituais faixas com tom provocatório, mas os adeptos do «timão» lançaram um balão de ar quente do exterior do estádio com a inscrição «Eterno 7-1». O balão surpreendeu tudo e todos no final da primeira parte subindo nos ares e atravessando o relvado.
Emerson silenciou Vila Belmiro
A inscrição «Eterno 7-1» é alusiva à goleada que o Corinthians impôs ao Santos em 2005. Desde esse jogo, os adeptos do Corinthians exibem uma bandeira com a incrição «7-1» em todos os jogos com o Santos. Desta vez, a famosa bandeira esteve guardada até ao intervalo e só foi mostrada de forma tímida, de forma a não ser apreendida pela polícia e foi o balão que mais deu nas vistas. O engenho surgiu por trás da claque do Corinthians e irritou os do Santos que arremessaram garrafas e outro tipo de objetos com os rivais. Antes disso, a polícia já tinha apreendido uma faixa do Santos que dizia «o alçapão é nosso» por considerar que a frase é ofensiva.
O jogo ficou, entretanto, marcado por uma quebra de energia na altura mais intensa do jogo. O Corinthians vencia por 1-0 e o autor do golo, Emerson, tinha sido expulso. O Santos pressionava e os adeptos trocavam agressões com a polícia. Foi nessa altura que foi atirado um capacete da polícia militar na direção do guarda-redes Cássio. Os jogadores também discutiam em campo e o árbitro pedia calma. Foi nessa altura que se apagaram as luzes.
Além do 7-1, um «apagão». Afinal o futebol no outro lado do Atlântico não é assim tão diferente do português.