A comissão médica da FIFA informou nesta quinta-feira que 84 jogadores de futebol tiveram morte súbita em campo (fosse em treino ou em jogo) nos últimos cinco anos. Contudo, este número não representa o número total de futebolistas afetados, visto que só 19 federações nacionais tinham um registo médico sobre este tipo de mortes.

O responsável pelo gabinete médico da FIFA, Jiri Dvorak, referiu à Lusa que este é «um ponto de partida» para se criar um registo detalhado que possa ajudar a apurar melhor as causas destas mortes: «A partir de agora cada membro associado vai registar este tipo de incidentes e informar-nos para que possamos analisar quais são as patologias por detrás da morte.»

De acordo com dados disponibilizados pelo organismo, a média de idade dos jogadores que tiveram este tipo de morte encontra-se nos 24,9 anos. A juntar a isto há o fato de só em 55 por cento dos jogos existir um desfibrilhador, percentagem que reduz em caso dos treinos (28 por cento).



Dvorak defende que para além do desfribilhador também um exaustivo controlo médico feito aos futebolistas antes de cada torneio, ou jogo importante, pode reduzir os casos de morte súbita.