Filipe Moreira, treiandor do Mafra, depois da derrota diante do Sporting (3-4), no Estádio e Alvalade, em jogo dos oitavos-de-final da Taça de Portugal:
«Não é todos os dias que se marcam três golos em Alvalade e que uma equipa da II Divisão mostra algum potencial em termos globais. Foi um bom jogo, quem gosta do Sporting ficou contente, quem gosta do Mafra ficou contente e quem era neutro entreteve-se. Foi um jogo com sete golos. Vitória justa do Sporting, naturalmente a melhor equipa em campo. Entrou melhor do que nós, conseguiu três golos de bola parada. A partir do quarto golo, o Sporting abrandou, conseguimos fazer dois golos, com destaque para o terceiro que é um grande golo. A minha final foi quase ganha, a final dos jogadores foi conseguida com uma grande exibição. Amanhã quero mais, quero ganhar em casa ao Oliveira do Bairro».
[Como interpreta o adormecimento do Sporting na parte final do jogo?] «Temos de compreender as realidades opostas das duas equipas. A minha equipa também adormeceu um pouco na parte final da primeira parte, o Sporting abrandou um pouco o ritmo na segunda parte, nós não baixamos. Saio daqui com total prazer em ser treinador de futebol. Desfrutei, senti o ambiente dos grandes jogos e os meus jogadores também desfrutaram».
[Quem é Zhang?]. «É um jogador que fala uma língua que desconheço, mas que trabalha muito. Foi descoberto num treino de captação em Mafra. Tive alguma felicidade quando o desviei do lado esquerdo para o corredor central. O terceiro golo é fantástico. Não me lembro de uma equipa marcar três golos em Alvalade, nem de um jogador marcar três golos em Alvalade. Os meus jogadores sabem que para chegarem ao estrelato têm que ser humildes e trabalhar».
[E a festa dos adeptos do Mafra?] «Aquilo que antecedeu o encontro foi algo mágico. Em todos os sítios de Mafra havia gente, fez-me lembrar a nossa selecção no Europeu de 2004, numa escala diferente claro. Mafra é Mafra, Lisboa é Lisboa».