Eric Abidal revelou que o Barcelona não lhe pagou durante os meses em que esteve doente e afastado da equipa. O clube tem uma versão diferente.

O defesa, que rumou ao Mónaco e voltou à seleção francesa, também acredita que, se Pep Guardiola ainda estivesse no clube catalão, não teria saído.

«O problema era que estava em fim de contrato. Nestes casos, ou se renova ou acaba. Estava preparado para ambas as situações. Foi complicado e difícil de aceitar, mas não tive escolha», disse Abidal em entrevista ao Équipe, para depois defender que, ainda para mais, o clube alimentou dúvidas sobre a sua condição física quando disse que a saída foi uma decisão profissional do jogador: «O que foi difícil de compreender foi o discurso do Barça na minha última conferência de imprensa. Ao afirmar que era uma escolha pessoal, levantou dúvidas aos outros clubes.»

«Nem foi uma questão de dinheiro. A prova é que em todos os meses da minha doença, o clube não me pagou», garante.

O Barcelona já reagiu entretanto a estas afirmações de Abidal, através de uma fonte oficial do clube, em declarações ao jornal As. Diz então o Barça que Abidal «recebeu tudo o que estava estipulado em devido tempo»: «O Barça esteve sempre em dia, pagando os seus emolumentos, embora uma parte derivasse do seguro médico contratado. Mas essa parte era muito pequena.»

Voltando a Abidal, o jogador deixa na entrevista a convicção de que tudo seria diferente se Guardiola tivesse ficado: «Seguramente. É uma pessoa que me aprecia muito e com quem estou sempre em contacto. Se ele ainda lá estivesse, talvez pudesse ter continuado.»

(Artigo atualizado)