A Académica conta ter entre 14 a 15 mil apoiantes no Jamor, dentro de uma semana, para a final a Taça de Portugal, mas a distribuição dos bilhetes está a causar celeuma na cidade das margens do Mondego. Tudo porque a Associação de Futebol de Coimbra (AFC) terá, no entender do presidente da Briosa, vendido bilhetes sem critério.

«Infelizmente, chegou à minha posse uma lista de reservas em que membros, ou melhor, funcionários da AFC, ficaram com 130, 120 ou 90 bilhetes. Uma agência da cidade, por exemplo, requereu 215 bilhetes, coisas absolutamente fora de qualquer tipo de profissionalismo», começou por dizer José Eduardo Simões.

«Nem os funcionários da Federação tiveram acesso a bilhetes e esta tinha cinco mil para vender. Aqui, funcionários, amigos, parentes, cunhados, sabe-se lá o quê, levaram ingressos e foram às centenas. É uma vergonha o que se passou», prosseguiu.

«A Académica requisitou a tempo e horas também uma parte desses 1700 e tal bilhetes. Já questionei o presidente da associação sobre tudo isso. A resposta? Foi a de uma pessoa que não tem vergonha na cara!», acusou, por fim.

O líder academista sublinhou, ainda assim, que a Briosa nada temerá, até porque terá «apoiantes em grande número». Nesta quarta-feira, informou, serão colocados à venda os últimos 200 bilhetes nas bilheteiras do clube, destinados a sócios e acompanhantes.

No Jamor com uma nova camisola

A Académica vai apresentar-se com uma nova camisola no Jamor. Além do tecido diferente, a vestimenta escolhida para assinalar o regresso à final da Taça de Portugal tem outras «nuances» que o presidente do clube explicou à margem de uma cerimónia de apresentação do evento, este domingo, em Coimbra.

«Tem um ligeiro sombreado atrás, o número é diferente do utilizado na Liga, é dourado, à frente a distribuição é diferente e tem o novo símbolo, retirado dos elementos pictóricos da Taça de Portugal de 39», desvendou.