A Académica ganhou uma acção judicial em que contestava uma dívida fiscal por alegada falta de liquidação de IRC sobre a actividade da sala de Bingo, segundo revelou o advogado da Briosa à agência Lusa.
O advogado José Manuel Ferreira da Silva revela que a Académica defendia que as salas de Bingo não eram devedoras de IRC, por destinarem preferencialmente os seus lucros às camadas de formação e às modalidades amadoras, posição essa que terá sido determinante para a decisão do Tribunal.
A Briosa, como aliás havia referido o Revisor Oficial de Contas no ponto 48.3 do relatório do último exercício, «impugnou e não contabilizou uma notificação das finanças para pagamento de IRC de 1993 e 1994 no montante de 724.374,83 euros, à qual acresciam juros de mora, dando à penhora, como garantia da referida impugnação, o Pavilhão Jorge Anjinho».
A acção foi interposta em 1997, durante o mandato do ex-presidente Campos Coroa, e a decisão poupou aos cofres da Briosa uma quantia, que, contabilizados os juros moratórios, poderia ascender perto de um milhão de euros. José Manuel Ferreira da Silva disse ainda à Lusa que a decisão ainda não transitou em julgado e que a Administração Fiscal poderá recorrer da sentença.