O futebol é fértil em reencontros e com a recente aposta no mercado uruguaio o difícil era que jogadores habituados a duelos do outro lado do Atlântico não acabassem, mais cedo ou mais tarde, por reeditá-los em solo lusitano. É o caso da dupla Carlos Aguiar/Richard Porta. O primeiro, defende as cores da Académica, o segundo, as do Belenenses, equipas que vão enfrentar-se esta sexta-feira, no encontro que marca o retorno da Liga, depois de dois fins-de-semana sem competição.
Aguiar e Porta jogaram juntos no River Plate do Uruguai, entre 2000 e 2003, mas foi como adversários, quando o primeiro já representava o Rampla e o segundo continuava no mesmo clube, que privaram nas últimas épocas e a actual não vai ser excepção. «Na primeira volta, não cheguei a jogar. Agora, espero que seja diferente», afirma o academista, ciente de que, desta vez, pode é acontecer o oposto já que Porta tem sido pouco utilizado por Jaime Pacheco
Mas se os antigos colegas e adversários se encontrarem no campo, o irmão de Luís Aguiar (Sp. Braga) promete fazer uma festa e quer ficar com uma recordação deste momento: «Depois do jogo, vamos colocar a conversa em dia e trocaremos de camisolas.»
No país natal, Carlos Aguiar lembra-se do último confronto entre ambos, que terminou com uma vitória por 3-1, para o agora jogador da Briosa, sem que nenhum deles tivesse feito o gosto ao pé. «Especial? Sim, é especial porque a Académica, se ganhar, pode conquistar a manutenção», ressalva o médio uruguaio.