O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Coimbra decidiu esta quarta-feira levar a julgamento os oito crimes de corrupção imputados pelo Ministério Público ao presidente da Académica e antigo director de Urbanismo da câmara, José Eduardo Simões.
Citado pela agência Lusa, o advogado do dirigente, Rodrigo Santiago, disse aos jornalistas que o TIC não aceitou os argumentos do seu constituinte para que seis daqueles crimes, para os quais foi requerida a instrução, fossem excluídos do processo nesta fase.
A audiência, em que o presidente da Académica participou acompanhado pelo advogado, decorreu durante quase três horas.
Antigo director do Urbanismo na Câmara Municipal de Coimbra, Eduardo Simões foi acusado de quatro crimes de corrupção passiva para acto ilícito e de quatro crimes de corrupção passiva para acto lícito, puníveis com penas entre um e oito anos de prisão. Eduardo Simões é suspeito de ter favorecido promotores imobiliários a troco de donativos para a Académica.
Os factos imputados ao dirigente desportivo são publicamente conhecidos desde 12 de Dezembro de 2006, tendo a direcção da Académica reunido nesse mesmo dia para manifestar solidariedade e confiança na gestão de José Eduardo Simões, eleito em 17 de Dezembro de 2004 para um mandato de três anos.