O tempo passa e não há notícias de José Luis Garcés, avançado da Académica que regressou ao Panamá para passar o Natal e nunca mais voltou. No princípio, o avançado ainda deu algumas entrevistas a jornais do seu país, mostrando vontade de sair para outro clube mas também a convicção de que iria regressar a Coimbra para colocar tudo em pratos limpos. Mas nas últimas semanas o mistério adensou-se com o silêncio total do atleta que deixa os próprios dirigentes do clube sem outro recurso a não ser aguardar.
Um mês e meio depois da data prevista para regressar, o presidente dos estudantes abordou finalmente o assunto e deu um ideia do quão delicada é esta questão. «O Garcés está ausente em parte incerta. Ninguém sabe dele. Nem a esposa. Segundo sabemos ele abandonou a própria casa, os filhos. Admitamos que ele desapareceu e desapareceu mesmo, admitamos que ele teve um problema qualquer e foi eliminado. Pode ter acontecido, nós não sabemos. Não fazemos ideia onde possa estar», confessou José Eduardo Simões.
O dirigente assegura que o melhor a fazer é mesmo esperar e não equaciona, para já, uma queixa à FIFA. «Vamos fazer queixa do quê? Ele desapareceu!», sublinha, deixando transparecer que, nesta altura, já estamos perante um caso de polícia.