Jogar em Portugal era um dos objectivos de carreira do médio Júnior Paraíba, recentemente contratado pela Académica. O jogador emprestado pelo Grémio Anápolis alimentava esse sonho por forma também a poder reencontrar alguns antigos companheiros, como Felipe Menezes, com quem jogou no Vila Nova de Goiás, ou Kléber, o avançado do Marítimo pretendido pelo F.C. Porto.

«Joguei com ele no Atlético Mineiro e fico feliz ao ler notícias sobre ele. Está a demonstrar as suas qualidades. Como pessoa, sempre foi um bom amigo, e também um bom colega. Acho que tem tudo para se adaptar e triunfar. Já mostrou ter valor na última época, daí o interesse de um dos grandes», refere o atleta da Académica.

Numa breve apresentação, Júnior Paraíba - assim chamado pelo facto de partilhar o nome com o pai e ser originário de João Pessoa, capital do estado a quem deve a alcunha -, diz preferir jogar ao ataque mas já sabe que será utilizado em posições mais defensivas: «Sou volante ofensivo, como dizem no Brasil, e já conversei com o Jorge Costa, que sabe como gosto de actuar. Vou jogar à frente da defesa. No meu último clube, o treinador também optou por essa posição, por eu ser um jogador de força, que pode ajudar na defesa e no ataque.»

Tentar surpreender o Benfica

Júnior Paraíba chega a Portugal cheio de esperança como seria de esperar mas é ponderado nas respostas. «Venho para ajudar a equipa. Todos têm expectativas, vou procurar o meu espaço mas respeitando os meus companheiros. Quero fazer um bom campeonato. É um privilégio estar aqui, fui bem recebido, num clube com uma estrutura espectacular. A nível colectivo, fazer um bom campeonato, significa deixar a Académica na I Divisão. Apanhamos o Benfica na Luz, logo na primeira jornada, um equipa que respeitamos muito, mas vamos tentar fazer um bom jogo e surpreender o adversário», assevera este fã de Ronaldinho Gaúcho.

A Académica continua a cumprir dois treinos por dia e, na manhã desta sexta-feira, o destaque vai para a lesão do jovem João Guerra, num joelho, durante a sessão. Peiser (lombalgia), Nuno Coelho e Orlando trabalharam à parte, estes dois últimos devido a mialgias. Fofana passou pela academia, ainda à espera da oficialização do empréstimo ao Sp. Covilhã, enquanto Vouho não participou nos trabalhos e deixou de fazer parte das opções de Jorge Costa, devendo ser emprestado ou até vendido.



Quem voltou a participar no treino foi o espanhol Carreño, embora com direito a trabalho personalizado devido ao atraso na preparação em relação aos colegas. A contratação do avançado resulta de uma parceria com o Sevilha, sendo o seu passe compartilhado pelos dois clubes. Os andaluzes terão, por isso, direito a uma percentagem em caso de venda mas detêm ainda o chamado direito de recompra, para ser exercido no próximo Verão, mediante pagamento de uma verba já acordada.

Laionel cumpriu os últimos exames médicos de manhã e, à tarde, deverá juntar-se ao novos colegas pela primeira vez sob as ordens do técnico dos estudantes.