A Académica continua sem ganhar fora e é mesmo uma das piores equipas a jogar nessa condição, tendo conquistado até ao momento apenas dois pontos longe de Coimbra, fruto dos empates na Trofa e em Alvalade. O problema, trazido à liça regularmente mereceu esta quarta-feira o comentário de um dos subcapitães da equipa, o central Orlando, que abordou as diferenças entre as partidas a domicílio e aquelas que são disputadas fora de portas.
«A postura em casa é completamente diferente da adoptada fora de casa, porque neste último caso há uma necessidade de ganhar e o adversário também vem actuar de outra maneira», justifica o defesa que acredita que a «abordagem mental deveria ser diferente» nas partidas extramuros para que os estudantes possam começar a ter melhores resultados. Da mesma forma, o jogador admitiu, com frontalidade, que as últimas derrotas têm tido origem em «erros individuais, que não é possível escamotear».
Depois de falhar duas partidas, devido a lesão, Orlando, um dos jogadores com lugar cativo no onze de Domingos Paciência, conta regressar à equipa este domingo, frente ao Trofense, um adversário directo, que importa derrotar para manter a linha-de-água à distância: «É uma equipa que vem à procura de pontos e também passa por dificuldades, pois está lá em baixo na classificação. Vai ser um jogo difícil, pois é uma formação que trabalha muito. Na primeira volta, tivemos um encontro de combate, com muita bola pelo ar. É o estilo deles e temos de estar preparados para isso.»
A meta dos 30 pontos que, de acordo com Domingos Paciência, será a margem de segurança suficiente para garantir a manutenção, é um objectivo que Orlando acredita até ser possível ultrapassar: «Temos consciência de que não podemos cair no sufoco porque isso pode levar a nossa equipa a desacreditar e, ao mesmo tempo, podermos estar a dar confiança aos adversários. Podemos fazer esses pontos ou mais. Se continuarmos a ganhar em casa, vai dar largamente para isso.»