O Ponte da Barca, que recebe a Académica na III eliminatória da Taça de Portugal, rejeitou o pedido dos estudantes para a antecipação do jogo de domingo, dia 21 deste mês, para o sábado anterior. A equipa de Coimbra pretendia assim ganhar mais um dia de recuperação para o encontro da quinta-feira seguinte, dia 25, em Madrid, relativo à Liga Europa.
A recusa dos minhotos, clube da III Divisão Nacional, caiu mal entre os responsáveis da Briosa, que veem nesta atitude uma falta de solidariedade para com uma questão de interesse nacional. Contudo, sem outra saída possível, a equipa de Pedro Emanuel estará no Estádio Municipal de Ponte da Barca no dia marcado pela FPF, para o jogo com início às 14 horas.
As razões para o não, essas, foram reveladas ao Maisfutebol pelo presidente do emblema do distrito de Viana do Castelo. Em rigor, se tivessem aceitado a antecipação, os barquenses corriam o risco de não ter jogadores para o encontro.
«São duas situações. Primeiro, a Académica queria jogar às 17h30 de sábado. Ora isso era impossível devido ao facto da iluminação artificial do estádio não estar homologada para jogos noturnos», começou por lembrar Paulo Soares, antes de abordar o busílis da questão:
«Em segundo lugar, que para nós até é o mais importante, estaríamos privados de vários elementos fundamentais da equipa, inclusive um dos técnicos. Somos um clube amador, alguns atletas trabalham nesse dia, e outros já tinham compromissos particulares inadiáveis.»
O desentendimento foi o rastilho para um clima de tensão entre os clubes. «Pedimos a colaboração da direção da Académica para baixar o preço dos bilhetes, mas não aceitaram. Fizemos convites para uma confraternização na véspera e também ainda não responderam.»