Pedro Emanuel orientou esta quarta-feira o primeiro treino da pré-época na Académica. O jovem técnico contou com 24 jogadores, registando-se as ausências apenas de Sissoko, Cédric (nos sub-20), autorizados pelo clube a apresentar-se mais tarde, e de Orlando, por estar ainda em recuperação. Também Nivaldo, jogador que estava no Tourizense e era esperado nos treinos, ainda não viajou desde Cabo Verde por estar com dificuldades em conseguir visto.

A sessão teve somente 15 minutos abertos e, à tarde, há novo apronto, desta feita totalmente fechado. O plantel não está fechado e ainda irá perder alguns jogadores, sobretudo ex-juniores que poderão ser emprestados ou seguir para o clube satélite, em Touriz. Além disso, a Briosa continua no mercado por um lateral-esquerdo, um médio ofensivo e pelo menos um extremo.

Antes do treino, o clube disponibilizou dois jogadores para falar à imprensa, neste caso Rui Miguel e Marinho. O ex-Kilmarnock mostrou-se entusiasmado por estar de volta ao clube onde foi formado.

«A sensação é muito boa. Era um sonho que tinha desde que saí. Acima de tudo, o que posso prometer, é um grande amor ao clube. Sou desta cidade, podem ter certeza que vou dar o máximo. Estou mais velho [risos], mais experiente e ter estado lá fora fez-me crescer em muitos aspectos», referiu.

Por seu turno, o extremo ex-Naval considerou ter dado mais um salto a nível profissional: «A minha carreira tem sido feita com sofrimento, saí do Sporting para a III Divisão e todos os anos tenho subido um patamar. Este foi mais um, que sempre ambicionei. Se calhar, em algumas alturas, até perdi a esperança de aqui estar. Há muitas diferenças em relação ao meu anterior clube, mas não é por estar aqui que agora a Naval é inferior, nada disso. Porém, ao nível de estruturas e condições de trabalho, considero que foi um passo em frente na carreira.»

O avançado afasta ainda quaisquer comparações com Sougou. «É um jogador diferente, cada um tem as suas qualidades e eu espero desempenhar da melhor maneira as minhas funções para ajudar a equipa. Respeito-o, sei que é um grande jogador, mas estou aqui para marcar a minha posição», argumentou, dizendo-se ainda «extremamente feliz» pelo golo apontado pelo ex-colega e amigo Edivaldo Bolívia à Argentina na Copa América.