Carlos Saleiro é um dos poucos jogadores do plantel da Académica que se pode gabar de já ter vencido o F.C. Porto. A proeza aconteceu há muito pouco tempo, mais concretamente, na época passada, para a Taça da Liga, quando o avançado do Sporting jogava por empréstimo no Fátima, na altura na Liga de Honra. Depois do nulo, veio o desempate por grandes penalidades e o milagre (4-2) aconteceu.
O ponta-de-lança dos estudantes recordou essa noite memorável para o Maisfutebol e, com as devidas diferenças, projectou o reencontro com os campeões nacionais do próximo domingo, numa partida para a qual só deseja uma coisa: que o resultado se repita.
«A sensação de vitória é sempre muito boa, seja qual for o adversário. Mas não escondo que há algumas, por acontecer diante de grandes equipas, têm um sabor especial, único, que quero voltar a sentir já este domingo. Na altura, o F.C. Porto apresentou uma equipa de segunda linha, desta vez será diferente. A competição também é outra e sabemos que vão entrar com tudo, mas nós também temos as nossas armas e vamos procurar fazer mais um bom resultado», afirma o avançado.
Os estudantes, que já não ganham ao F.C. Porto há 37 anos, estão a atravessar a melhor fase da época, com três vitórias e um empate nos últimos quatro jogos. A tranquilidade pela manutenção já assegurada e a confiança e motivação depois de mais uma vitória na Luz serão alguns dos trunfos para jogar diante dos portistas: «Temos vindo a jogar bem e a fazer bons resultados. Praticamente só vitórias nos últimos jogos. Estamos com o moral em cima e cheios de vontade de enfrentar mais um grande.»
Cansaço pode ajudar?
O F.C. Porto jogou a meio da semana com o Manchester e um jogo desta natureza, numa fase crucial da Liga dos Campeões, pode sempre deixar marcas. Carlos Saleiro acredita que sim, embora não se fie muito nisso. «É evidente que haverá sempre algum cansaço acumulado mas o Porto está habituado à sobrecarga de jogos e a desculpa não será por ai», vaticina.
Reforço de Inverno da Briosa, que o resgatou ao V. Setúbal, pelo qual foi pouco utilizado por Dauto Faquirá. A mudança não poderia ter acontecido em melhor altura. «Não me deram oportunidades na primeira metade da época mas aqui, felizmente, quando elas surgiram consegui aproveitá-las», constata o jovem jogador dos estudantes, que, há pouco tempo, até já admitiu continuar em Coimbra na próxima época, caso volte a não ser opção em Alvalade.