O Sporting deu uma parte de avanço à Académica, altura em que mostrou a sua pior face, e só um lento acordar, já na segunda parte, permitiu aos leões minimizar estragos, este sábado, em Coimbra. Depois do bom que fez há uma semana, no clássico, a turma de Alvalade quase deitava tudo a perder.

A três pontos apenas da Académica, nesta altura do campeonato, antes do jogo, os comandados de Jesualdo Ferreira saem de Coimbra com a mesma distância para o adversário, mas é curto para quem quer ainda chegar à Europa. Do décimo lugar, à condição, claro, ainda há muito a percorrer.

Já os estudantes, depois de quatro derrotas consecutivas, conseguiram por fim pontuar, mas já vão em seis jogos sem ganhar. Também para eles foi curto, numa altura em que a luta pela manutenção se tornou titânica, e navegar desta forma com a costa à vista nunca foi boa política. As águas são pouco profundas e o barco ameaça encalhar a qualquer momento.

Assinale-se, ainda assim, a boa entrada em campo da Briosa, a contrastar com o adversário. Sem nunca temer as camisolas verde-e-brancas, os capas negras entraram de forma autoritária, conquistaram logo dois cantos ainda nem dois minutos de jogo havia, e foram mandando no jogo.

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O Sporting não se encontrava (grande novidade), não tinha criatividade no meio-campo, falhava passes e perdia bolas em catadupa. Quando nada parece sair bem ao leão, já se sabe, há sempre margem para pior.

O «menino» Fokobo, em estreia como titular, cometeu uma daquelas ingenuidades próprias da idade. Grande penalidade para Wilson Eduardo converter, sem direito a festejos, porque o respeito pelo patrão é muito bonito.

Animou-se a Académica e caiu o Sporting em depressão profunda. Com exceção de duas situações de Dier, sempre ele, pode-se resumir a passagem dos de Alvalade pela primeira parte do jogo como um corpo amorfo, incapaz de reagir, vendo uma Briosa sempre por cima.

Aliás, só por intervenções de São Patrício não saíram os sportinguistas para o intervalo com mais golos a lamentar. Incrível.

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Jesualdo mexeu na equipa, fazendo entrar Carrillo e Labyad, mas foi novamente para a Académica o momento de maior sensação, agora por Marinho. Sempre que saíam em contra-ataque, aproveitando o balanceamento leonino, os estudantes faziam estragos.

Mesmo assim, o Sporting estava melhor no encontro. Mais incisivo e, já agora, também objetivo. Depois do jogo dividido na primeira etapa, agora havia bem mais intenção por parte dos leões, obrigando a Briosa a jogar de forma compacta e a espreitar o contra-golpe.

As mexidas de Jesualdo acabaram por surtir efeito. Muito mais dinâmico, o conjunto verde-e-branco chegou ao empate como se anunciava, e encostou a Briosa às cordas até ao último minuto. Labyad atirou ao poste e mostrou que era possível dar a volta ao marcador. Foi por um triz.