A morte de Eusébio também foi acompanhada com comoção em Moçambique, de onde era natural o antigo craque (veja o vídeo da Reuters associado sobre Mafalala, o bairro onde Eusébio nasceu), com os os principais jornais do país a darem contado desaparecimento do «Pantera Negra».

No «Notícias», de Maputo, o diário de maior circulação, propriedade do Banco de Moçambique, a notícia da morte de Eusébio ocupa parte da primeira página e prossegue no interior, nas páginas do desporto.Em declarações ao jornal, pró-governamental, o antigo capitão do Benfica, Mário Coluna aborda o delicado tema de Eusébio ter optado pela nacionalidade portuguesa, após a independência de Moçambique, em 1975, ao contrário do que sucedeu com ele próprio, que regressou ao país onde nasceu.

Eusébio «não podia vir cá de qualquer maneira. Eu voltei porque tinha contrato para treinar o Textáfrica e o Benfica havia-me proposto para tratar das escolas de jogadores. Portanto, ele ficou em Portugal porque sentia-se bem», disse Mário Coluna.

No outro diário da capital moçambicana, «O País», a morte de Eusébio ocupa metade da primeira página, com uma foto atual do Pantera Negra e a informação de que os seus restos mortais vão hoje a enterrar.

No interior, o jornal, propriedade do grupo Soico, dedica duas páginas à morte de Eusébio, identificando-o como "luso-moçambicano". Também os diários electrónicos «MediaFax» e «Canal de Moçambique» assinalam o falecimento de um dos maiores jogadores de futebol do século XX, reproduzindo noticiário das agências internacionais.