A cerimónia de trasladação iniciou por volta das 15h30, no Cemitério do Lumiar, e parou depois no Seminário daquela freguesia para uma missa.
O cortejo seguiu depois para o Panteão, mas com paragens no Estádio da Luz, Parque Eduardo VII - onde figura a maior bandeira de Portugal em Lisboa - e na sede da Federação Portuguesa de Futebol.
Galeria: trasladação de Eusébio para o Panteão Nacional
O pátio exterior do Panteão Nacional estava cheio de figuras ligadas ao Benfica, tais como Luís Filipe Vieira, Rui Costa, Nuno Gomes e alguns ex-presidentes, assim como à família de Eusébio, com destaque para a esposa Flora e as duas filhas, Sandra e Carla, e ao Governo, com Pedro Passos Coelho a marcar presença.
Também os rivais sportinguistas, mas amigos de longa data, Hilário e Manuel Fernandes, estiveram presentes.
Nas janelas das casas à volta do Panteão, várias imagens de Eusébio e muitos anónimos a assistirem também à cerimónia.
António Simões, antigo colega de equipa e «irmão branco» de Eusébio, foi o primeiro a discursar, tendo sido o escolhido para o elogio fúnebre. Seguiram-se Assunção Esteves, Presidente da Assembleia da República, e por fim o Presidente da República, Cavaco Silva.
Simões referiu estar «a homenagear um ser humano admirável e o melhor desportista português de todos os tempos» e proferiu palavras à altura da ocasião e do significado de Eusébio.
«Eusébio não morreu, só se ausentou fisicamente. Com o seu afastamento, nós é que morremos em parte. A eternidade rima com ele, rima com imortalidade», disse, acrescentando: «Eusébio transportava talento, génio, momentos inigualáveis de futebol. Era arte, cultura e deslumbramento absoluto.»
A cerimónia terminou com o hino nacional, tocado pela banda da Guarda Nacional Republicana, já depois de Rui Veloso ter cantado «Nunca me esqueci de ti» e «Mãe África» e de ter sido exibido um vídeo com momentos gloriosos do Pantera Negra.
Eusébio entrou depois no Panteão, onde vai descansar junto a Almeida Garrett, Amália Rodrigues, Aquilino Ribeiro, Guerra Junqueiro, Humberto Delgado, João de Deus, Manuel de Arriaga, Óscar Carmona, Sidónio Pais, Sophia de Mello Breyner Andresen e Teófilo Braga.
Leia todos os depoimentos do último adeus a Eusébio