Rui Rodrigues, treinador adjunto do Beira Mar, no final do empate com o Sp. Braga, este domingo, em Aveiro:

«Quando se está a ganhar por duas vezes, e se marcam três golos, e isso não chega para vencer, sentimos que foram dois pontos perdidos. Dominámos o jogo, e, pela atitude dos jogadores e pelo trabalho delineado pelo mister que eles souberam pôr em campo, merecíamos mais. Faltou se calhar não haver condicionantes na partida. Devo dizer que foi a primeira vez que o nosso treinador foi expulso na Liga, custa e condiciona a equipa. Apesar de haver outros membros na estrutura técnica, não é a mesma coisa. Depois, temos de ver que sair a ganhar 2-1 para o intervalo é diferente de sair com 2-2. Um corte de cabeça foi transformado em livre direto e assim fizeram o empate.

Na segunda parte, entrámos com a mesma estratégia e atitude perante uma equipa que joga a Liga dos Campeões e está em terceiro lugar no Campeonato, e conseguimos voltar a ficar em vantagem. Mas tivemos outra condicionante: o terceiro golo surge de um ajeitar de bola ilegal do Mossoró. Sem minimizar a qualidade do Sp. Braga, merecíamos ganhar.

[Como foi a expulsão de Ulisses Morais?] Por vezes, temos de alterar o tom de voz perante o barulho no estádio. Outros treinadores, porventura de clubes de outra dimensão, são avisados e nunca são expulsos. Perguntar num tom mais elevado porque se marca uma falta não é justificação. Outros técnicos fazem isso de forma recorrente e nunca são expulsos ao primeiro diálogo. Estamos tristes acima de tudo pela injustiça que foi essa expulsão do nosso treinador.