No final da partida com o Desportivo das Aves, Jesualdo Ferreira admitiu que iria «puxar» Jorge Fucile para o lado direito da defesa na visita a Leiria. Isto porque José Bosingwa vai ter que cumprir um jogo de suspensão na próxima sexta-feira. Ora, a mudança de Fucile para a direita abre uma vaga no lado esquerdo do quarteto mais recuado dos dragões. Uma vaga que poderá ser preenchida por Marek Cech ou Lucas Mareque. Jesualdo deixou em aberto a possibilidade de estrear o argentino.
«Já decidi que o Fucile vai jogar na direita, se não suceder nada anormal até sexta. Na esquerda ainda tenho algumas dúvidas. A lesão do Marek Cech é um factor a ter em conta e, por isso, tenho que admitir que o Lucas se poderá estrear. Está inscrito, é lateral esquerdo e vem treinando bem.»
De resto, Jesualdo Ferreira abordou com algum cuidado a situação de Lucas Mareque, relembrando o estado embrionário da integração do sul-americano. «Ainda não ultrapassou aquela fase de conhecimento dos colegas. Jogou sempre a um nível alto na Argentina, foi companheiro do Lucho no River Plate e campeão do seu país. Mas tem que se adaptar a uma nova realidade. Está numa fase boa, mas tem condições para ser bem melhor», explicou o treinador dos campeões nacionais.
«Falar sobre o Sokota não é fácil», confessa o técnico do F.C. Porto
Depois de ter repetido várias vezes que não falaria sobre jogadores que não os seus, aproveitou-se a boleia das palavras de Jesualdo e pediu-se alguns esclarecimentos sobre a condição de Tomo Sokota. Uma condição sensível, como adiante se pode confirmar. «Falar dele não é fácil. O trajecto de infelicidade não deixa muita margem para tecer comentários. Há expectativa, optimismo e fé em relação à sua recuperação. Ele está motivado, a trabalhar bem, a continua a ter muita qualidade. Julgo que ainda vai ser muito útil ao F.C. Porto.»

Depois de Sokota, a recente chamada de Lisandro Lopez aos trabalhos da selecção da Argentina. Uma convocação que acontece pela segunda vez desde que o avançado trocou o Racing de Avellaneda pelo F.C. Porto, no Verão de 2005. «Sempre que algum jogador nosso é chamado, é uma felicidade muito grande. Recordo o que se passou com o Helton e o Fucile, por exemplo. Sinto-me feliz por os ver lá. Têm aproveitado o jogo colectivo da equipa e, quanto mais forte for a equipa, mais valorizados são os nossos jogadores», rematou.