O Getafe, adversário do Benfica nos oitavos-de-final da Taça UEFA, venceu este domingo no reduto do vizinho Real Madrid (0-1) com um golo polémico. Na verdade foi um minuto polémico.
Em apenas um minuto, o 64, o Real Madrid foi do céu ao inferno. Os «merengues» marcaram um golo na baliza do Getafe, apontado por Robben, mas o lance foi anulado por fora de jogo de Raúl, que faz a assistência. Enquanto uns festejavam, antes de se aperceberem da decisão do árbitro, e outros protestavam, o Getafe cobrou a falta e partiu em contra-ataque, com apenas dois defesas pela frente. Uche não se fez rogado e bateu Casillas, garantindo o triunfo do Getafe.
A polémica está lançada. Não tanto pelo fora-de-jogo assinalado a Raúl, que parece indiscutível, mas pelo erro dos jogadores do Real Madrid. «Nunca me tinha acontecido nada assim», disse Bernd Schuster, o treinador merengue. «Perdemos por uma jogada isolada. Estares a comemorar um golo e veres que sofreste um é coisa rara», disse o alemão, que não quis responsabilizar os seus jogadores.
Michael Laudrup, o treinador do Getafe, também se mostrou surpreendido com o lance. «O golo foi estranho, porque não vi o auxiliar levantar a bandeira. Pensei que era golo do Real Madrid. Só o David Belenguer (jogador do Getafe) percebeu. Foi rápido, algo que é normal quando tens experiência. Foi um grande golo, não há dúvidas», defendeu o dinamarquês.