Rui Patrício, advogado de Carlos Queiroz, já comentou o processo de despedimento do seleccionador nacional, anunciado nesta quinta-feira pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl.
«Soube agora mesmo, a primeira reacção é de desapontamento, embora já sentia que era o caminho inevitável. Que eu saiba, não há qualquer acordo. Já contactei o meu cliente. Primeiro preciso de conhecer a decisão, em conjunto com o professor Queiroz e com os meus colegas. Não nos conformamos com o facto de os direitos do professor Queiroz não serem respeitados, começou por dizer.
Na leitura do comunicado em que anunciou a saída de Carlos Queiroz, Gilberto Madaíl, referiu a resolução do contrato de prestação de serviços. Ora, esta é uma questão jurídica que pode levantar algumas dúvidas, uma vez que pode levar a que não haja qualquer indemnização ao treinador português.
Rui Patrício disse que Queiroz «foi contratado por quatro anos para prestação de serviços», sem adiantar mais nada, a não ser que essa é uma «questão jurídica».
FIFA com atenção
Rui Ptarício sublinhou que «se o contrato termina sem causa, há que indemnizar», e não se prolongou nos comentários a essa situação, até porque promete agir em breve: «Posso imaginar o estado de espírito do professor Carlos Queiroz, já falei com ele. Já se vinha a adivinhar isto, apesar de nenhum dos processos em curso estar concluído. Vamos tomar os passos necessários para a defesa intransigente dos direitos de Carlos Queiroz.»
Por fim, o causídico considerou que «se porventura tiver havido (ingerência governamental), fatalmente os organismos internacionais irão ter atenção a isso». O advogado especificou: «Falo primeiramente da FIFA, claro.»
Quanto ao processo que o levou a estar nesta quinta-feira na Federação, relacionado com as declarações de Queiroz sobre o vice-presidente Amândio de Carvalho, Rui Patrício contou que o pedido de interrogação a Carlos Queiroz foi «indeferido» pelo órgão disciplinar.
«Foi proferida a nota de culpa sem ouvir o professor, é uma decisão surpreendente e pouco normal», concluiu.
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9 set 2010, 20:08
Advogado de Queiroz: «Se contrato termina sem causa, há que indemnizar»
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