Rui Patrício levanta a questão numa nota enviada à agência Lusa. «João Vieira Pinto recebeu ou não da Goodstone, a quem o Sporting pagou, o que lhe era eventualmente devido no âmbito das relações negociais entre ele e essa mesma sociedade? E o senhor João Pinto, nas declarações que terá prestado no processo, falou ou não verdade?», questiona o advogado.
O representante dos «leões» levanta várias questões e defende que em «qualquer eventual fraude fiscal o sujeito tributário passivo dos pagamentos em causa é quem os recebeu e não quem os fez». As últimas notícias sobre o assunto levantavam a questão de o pagamento através da empresa em causa ter sido utilizado para que o clube de Alvalade não pagasse impostos.
Rui Patrício questiona ainda a divulgação recente do segundo contrato referente ao negócio, um aditamento a título de prémio de assinatura, que ficou sem efeito com o aparecimento da Goodstone, alegadamente por sugestão de João Pinto e Veiga, que emitiria a factura do negócio. «Porquê só agora se invocam documentos que já se conheciam e não correspondem ao negócio que, realmente, vigorou e foi executado?», insiste Rui Patrocínio.
O advogado de João Pinto, Castanheira Neves, foi contactado pela agência Lusa e recusou comentar o comunicado de Rui Patrício. «João Pinto continuará em silêncio e aguardará a oportunidade para poder esclarecer», afirmou apenas.
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